A Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses não concorda com algumas alterações previstas na lei das armas que está a ser revista pelo Governo.
Uma das medidas passa por limitar a 25 o número máximo de armas que cada caçador pode ter em sua posse. Para Fernando Castanheira Pinto, presidente da confederação, esta é uma alteração que afeta os caçadores e que em nada vai contribuir para que haja mais segurança, afirma:
“Com esta revisão da lei, os caçadores vão ser altamente prejudicados pois constitui um devaste da propriedade e património dessas pessoas.
Da mesma forma que, qualquer pessoa que gosta de automóveis e jóias pode transformar esses artigos num investimento, tornando-se num investidor e transformador, muitos caçadores, ao longo dos anos, também fizeram investimentos em armas com o mesmo intuito, ou simplesmente porque assim era a sua vontade.
As questões de segurança não estão aqui em causa, até porque qualquer caçador que tenha cinco armas, já é obrigado a ter um armário de segurança, e também não temos conhecimento de que algum domicílio tenha sido assaltado com o propósito de as roubar.
Como tal, não concordamos com estas revisões.”
Outros das alterações prevê a eliminação da licença de detenção de armas a pessoas que não estão habilitadas a caçar.
Uma medida que para o presidente da Confederação Nacional de Caçadores não faz sentido e explica porquê:
“As pessoas que possuem esta licença não têm uso e porte de arma para a atividade cinegética, mas, por qualquer razão, têm em sua posse uma arma que lhe pode ter sido deixada por sucessão de alguém ou porque, entretanto, deixaram de ser caçadores. Porém, nada os deveria proibir de poder ter a arma em sua posse com uma licença de detenção, até porque esta permite à polícia saber em que domicílio está. Nada impede que, no futuro, um filho ou um neto dessa pessoa, possam vir a ser caçador e possa utilizar essa arma.”
Por isso, não faz sentido acabar com esta licença de detenção.”
Fernando Castanheira Pinto garante que o limite do número de armas não faz parte da diretiva europeia e adianta que a confederação vai levar o assunto à Assembleia da República:
“Esta não é uma exigência da diretiva europeia.
Tudo iremos fazer na Assembleia da República para mostrar a quem legisla que estas medidas não podem seguir assim. Quando o assunto estiver a ser discutido na assembleia, iremos tentar sensibilizar os diversos grupos parlamentares e a comissão específica onde este assunto é tratado, de forma a mostrar o que está menos bem em alguns artigos, provando-lhes as implicações que tais medidas podem ter para a caça e para toda a economia que envolve o setor cinegético.”
A Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses a mostrar descontentamento com a revisão do Governo a alguns artigos da Lei das Armas.
Escrito por ONDA LIVRE