A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes anunciou que vai pedir uma audiência ao ministro das Infraestruturas para perceber qual será o futuro do IC5 depois da mudança de gestão da rodovia. O presidente desta CIM, Artur Nunes, afirma que, quanto às várias reivindicações que já foram feitas e ao pedido de audiência do secretário de estado da tutela, nunca houve predisposição em serem ouvidos quanto a esta matéria:
“Já fizemos esse pedido de intervenção e de explicação por parte do secretário de estado por duas ou três vezes, relativamente às pretensões das infraestruturas do IC5. Porém, em todas elas, nunca fomos ouvidos nem houve, por parte do governante, essa predisposição.”
Os nove autarcas dos concelhos que integram a CIM pretendem saber se o IC5, que liga Alijó a Miranda do Douro, vai ser “desclassificado” e se se vai manter o nível de serviço de manutenção e de vídeovigilância já que não se viu vertido nenhum valor para a manutenção da estrada.
“O que nós queremos saber é se há intenção, por parte do Governo, de desclassificar ou caçar a concessão à operadora, neste caso, a Ascendi, e se vai ou não manter, uma vez que cortaram com a concessionária, o serviço de manutenção da estrada, o serviço de videovigilância e de observação do que acontece naquela estrada. Ainda não vimos qualquer valor vertido para a manutenção ou outras intervenções no IC5.”
O presidente desta CIM referiu ainda que o investimento nas rodovias no distrito da Bragança é um dos mais baixos do país e que sendo esta a “estrada da justiça” é uma injustiça “começar por caçar uma concessão” e que seja agora “injustiçada”.
“São estas as nossas grandes preocupações, e, tendo em conta que não foi recebida nenhuma resposta até agora, vamos solicitar ao Ministro das Infraestruturas que nos receba e nos dê uma explicação sobre o que o Governo pretende fazer e o que está a ser feito nesta matéria, sendo que não fomos consultados nem informados sobre possíveis pretensões.
Sendo esta uma estrada da justiça, é, neste momento, uma injustiça caçar uma concessão.”
Conhecido pela “Estrada da Justiça”, os autarcas desta CIM estão convictos que a saída da concessão da Ascendi vai trazer problemas ao traçado, como a própria segurança e a perda de postos de trabalhos existentes nos postos de controlo.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)