Os enfermeiros portugueses começaram hoje uma greve nacional de dois dias.
Os profissionais reivindicam a valorização das carreiras, pagamento do suplemento de enfermeiro especialista e mais contratações.
Na Unidade Local de Saúde do Nordeste, a maior adesão regista-se na Unidade Hospitalar de Bragança com 78%, a seguir Macedo de Cavaleiros com 58% e, por fim, Mirandela com 50%. E em todos estes hospitais há serviços paralisados a 100%, nomeia Elisabete Barreira, Dirigente Regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:
“Em Macedo de Cavaleiros temos os cuidados paliativos com 100% de adesão à greve, assim como a medicina e pensamos que a consulta externa também não esteja a funcionar.
Na Unidade Hospitalar de Bragança, os serviços que estão completamente parados são a traumatologia, ambas as cirurgias, a pediatria, as medicinas, o serviço de medicina intensivo e a urgência.
No bloco de Mirandela só estão 50% dos enfermeiros a trabalhar e, como tal, não pode estar a funcionar. Ainda nesse hospital, a cirurgia está em paralisação total, assim como as especialidades e a consulta externa.”
Reivindicações que já são antigas, mas apesar dos vários pedidos dos enfermeiros, nada tem sido feito pelo Governo, acrescenta ainda a dirigente regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:
“São pedidos antigos, temos carreiras estagnadas, as pessoas não progridem porque houve congelamento das progressões durante vários anos, há uma carência enorme de enfermeiros pois entramos para as 35 horas sem haver nenhuma reposição, inclusive na ULSN. Estamos a acumular e a fazer horas de trabalho a mais.
São reivindicações antigas mas os problemas estão a agravar-se. Não vimos nada resolvido até agora por parte do Governo nem vemos boa vontade para concretizar e atingir aquilo que são os objetivos de toda uma classe.”
A greve dos enfermeiros começou às 8h do dia de hoje e acaba amanhã à meia-noite.
Escrito por ONDA LIVRE