Já foi retirada, esta tarde, a última carga das cinco mil toneladas de plástico, removidas do interior do complexo do Cachão, resultante de dois incêndios, em 2013 e 2016.
Os presidentes dos Municípios de Vila Flor e Mirandela, Fernando Barros e Júlia Rodrigues, que integram a Agro-Industrial do Nordeste (AIN) – empresa intermunicipal que gere o complexo – não escondem a satisfação por esta etapa cumprida:
“É um grande alívio e um dia histórico para o Cachão. Finalmente conseguimos retirar todos estes resíduos. Muita gente não acreditava mas o que é certo é que cerca de 5 mil toneladas perigosas já saíram e para nós é uma grande satisfação.
Felizmente este assunto ficou resolvido e o perigo que aqui existia ficou resolvido.”
Esta remoção dos resíduos representou um investimento de 266 mil euros, financiado pelo Fundo Ambiental e que esteve a cargo da Ferrovial. César Alvim, da empresa, confessa que não foi uma operação fácil:
“Foi uma operação complicada. As condições de armazenamento estavam bastante confinadas e de difícil acesso. Em menos de dois meses e meio conseguimos remover o plástico e finalmente terminamos esta fase.”
O lixo foi encaminhado para o Centro Integrado de Valorização de Resíduos, no concelho de Vila Nova de Famalicão. No entanto, os trabalhos ainda vão continuar por mais alguns dias para retirar o material de entulho, que inclui resíduos de demolição.
Este processo arrastava-se desde o primeiro incêndio, em Setembro de 2013, num dos armazéns onde a empresa Mirapapel depositou plástico prensado e outro material. Já em Fevereiro de 2016, num outro pavilhão, usado pela mesma empresa, deflagrou novo incêndio.
Fernando Barros diz que o próximo passo será responsabilizar a empresa:
“Sempre dissemos que este era o primeiro passo. O segundo é falar com os advogados e ver o que vamos fazer a seguir. Quem deixou aqui estes resíduos vai ter que assumir essa responsabilidade.”
Para o futuro, a autarca de Mirandela, espera poder dar uma nova vida ao Cachão e para tal espera apoio do Governo:
“Criar uma zona industrial com alguma inovação e impacto, investimentos na área agrícola e até alavanca vários serviços. É preciso um plano de investimentos mas precisamos de apoio Governamental.”
75 dias depois do início dos trabalhos, estão retiradas as cinco mil toneladas de plástico do complexo do Cachão. Até ao início de Fevereiro deverá estar pronta a operação de retirada do material de entulho, que inclui resíduos de demolição.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Terra Quente)