Perante as críticas dos autarcas da região acerca do Plano Nacional de Investimentos 2030, por este não conter muitas das reivindicações para o distrito e para o interior, o primeiro-ministro disse hoje em Mogadouro que o programa não está ainda fechado. António Costa explicou que para já foram apenas identificadas as obras com valores mais elevados e afirmou que algumas das ligações pedidas podem vir a ser contempladas:
“Para além das obras individualmente identificadas, há um conjunto de obras que estão agrupadas por categoria. Por exemplo, há 200 milhões de euros previstos para ligações transfronteiriças. Ora nesses 200 milhões de euros, para ligações transfronteiriças, podem estar previstas e podem ter lugar, devidamente candidatadas, várias das obras que na região têm sido sinalizadas como sendo prioritárias para a ligação transfronteiriça com Espanha. Portanto, nós temos obras individualizadas, de valor superior a 75 milhões de euros, temos obras agrupadas por certas categorias quando têm um valor inferior.”
No que diz respeito à região transmontana apenas a electrificação da linha do Douro, a continuação do IC5 até Miranda do Douro e a ligação da zona industrial de Mogadouro ao IC5 estão para já inscritas no documento.
Quanto aos restantes projectos reivindicados, segundo o primeiro-ministro, terá de haver uma hierarquização dos diferentes projectos para que possam receber uma fatia do bolo global:
“Não é possível dizer que só estão três obras previstas para a região, porque outras obras necessárias à região ,designadamente nas ligações transfronteiriças, podem caber no montante de 200 milhões de euros que estão previstos para o conjunto do País. E aquilo que é necessário fazer, obviamente, é que as diferentes comunidades intermunicipais, os diferentes municípios, as diferentes CCDR’s que têm projetos de ligações transfronteiriças, apresentem os seus projetos, eles sejam devidamente hierarquizados e se defina uma prioridade da sua execução.”
Costa falou ainda da greve dos enfermeiros que caracterizou de ilegal e selvagem, admitindo recorrer à requisição civil:
“Nós recorreremos a todos os meios legais que estiverem ao nosso alcance para impedir que haja a prática do recurso ilegal à greve, o abuso dos direitos que prejudicam os doentes, e que haja o exercício de funções sindicais por instituições que legalmente estão expressamente proibidas.
Não podemos confundir aquilo que é o exercício da atividade sindical, aquilo que é o exercício legítimo do direito à greve, com práticas que não são de greves cirúrgicas, mas greves selvagens que visam simplesmente atentar contra a dignidade dos doentes, quanto às funções do Serviço Nacional de Saúde.”
O primeiro-ministro António Costa esteve hoje em Torre de Moncorvo na apresentação do plano estratégico do Baixo Sabor e em Mogadouro na vista ao primeiro Laboratório de Rios do Nordeste Transmontano, na ribeira do Juncal, acompanhado dos ministros do Ambiente e da Agricultura.
Os membros do Governo seguiram esta tarde para Vila Pouca de Aguiar para a assinatura dos contratos-programa de constituição e dinamização de Agrupamentos de Baldios.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)