O galardão foi instituído este ano pelo Espaço T, Associação para Apoio à Integração Social, que, em parceria com a comunidade do Bangladesh em Portugal, distinguiu pessoas e entidades nacionais que têm contribuído para a promoção e defesa dos valores dos Direitos Humanos e diversidade cultural.
Entre os 8 distinguidos a nível nacional está o Politécnico de Bragança, que tem quase 2 mil estudantes estrangeiros de 70 nacionalidades. O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, considera que esta é uma forma de reconhecimento do trabalho de integração destes alunos, na instituição de ensino superior.
“Foi uma surpresa terem resolvido atribuir estes prémios em algumas áreas relevantes da nossa sociedade. Na área educação, atribuíram ao Instituto Politécnico de Bragança o prémio Interculturalidade, exatamente pelo grande esforço e pelo excelente trabalho que tem sido feito no acolhimento e na integração de jovens de diversas nacionalidades, raças e culturas. Este é o reconhecimento de que Bragança e a região de Trás-os-Montes tem dado ao país e ao mundo alguma universalidade, interculturalidade e cosmopolitismo. “
E esta não foi a única boa notícia que o IPB recebeu nos últimos dias. A OCDE apresentou, a semana passada em Lisboa, as recomendações resultantes da avaliação externa realizada nos anos 2016-2017 aos sistemas nacionais de ciência e tecnologia, entre as quais se encontra a possibilidade de os Institutos Politécnicos atribuírem o grau de doutor. Essa recomendação foi baseada na investigação e doutorandos do Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do IPB.
“O que a OCDE fez para fundamentar essa recomendação foi utilizar o exemplo do Instituto Politécnico de Bragança, neste caso através do seu Centro de Investigação de Montanha reconhecendo, que neste momento tem mais de 100 alunos em doutoramento que fazem todo o trabalho de investigação aqui no centro, cujo grau tem de ser dado em parceria com uma universidade. A OCDE fundamentou essa recomendação exatamente no exemplo do Centro de Investigação de Montanha como sendo aquele que mostra de forma mais evidente a capacidade que os politécnicos têm hoje em dia de fazer ciência de topo a nível mundial.”
Actualmente, no IPB há cerca de 120 doutorandos, que realizam o seu trabalho e investigação na instituição, mas têm de recorrer a uma universidade para a atribuição do doutoramento.
Orlando Rodrigues estima que no próximo ano já seja possível os politécnicos conferirem o grau de doutor.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)