O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) indica que houve uma “falha estrutural catastrófica da raiz da asa direita” no ultraleve acidentado sábado em Varge (Bragança), vitimando mortalmente dois pilotos.
Numa nota informativa sobre este acidente aéreo, o organismo refere que “na sequência da execução de um conjunto de manobras ainda por determinar, a aeronave sofreu uma falha na raiz da asa direita levando a que esta seja projectada contra a canópia (vidro do cockpit) e separando-se totalmente do ultraleve”.
Antes disso, o relatório indica que a avioneta descolou da pista do aeródromo de Bragança e começou um circuito para sudeste. E que às 17:33, um dos ocupantes da aeronave “reportou “às cegas” referindo que estava na final” para a pista de onde tinha descolado, “sem, no entanto, declarar as suas intenções”. As transmissões foram realizadas às cegas, durante o voo já que o serviço de informação de tráfego deste aeródromo não estava activo, lê-se ainda na nota.
O ultraleve “após a aproximação final à pista, e sem proceder à aterragem final, continuou o voo que, segundo testemunhas, terá seguido para a zona a Este da pista”.
Com a aeronave fora de controlo, e com elevada razão de rotação (rolamento) pela direita, provocada pela sustentação da asa esquerda, a aeronave inicia uma trajetória em espiral descendente e cai a 1 Km e 450 metros do aeródromo de Bragança.
Os destroços principais ficaram espalhados por uma área com cerca de 9 mil metros quadrados, tendo sido encontrados fragmentos do vidro do cockpit a 348 metros da posição final da asa direita da aeronave.
A nota informativa indica que não havia probabilidade de sobrevivência.
INFORMAÇÃO CIR E FOTO (Rádio Brigantia)