O parque Natural Regional do Vale do Tua vai realizar em outubro o Festival de Percursos Pedestres, a ter lugar no concelho de Murça.
A novidade foi avançada em primeira mão à CIR pelo Diretor do Parque Natural Regional do Tua, Artur Cascarejo. Este festival vai englobar o Tua Walking Festival, que dará a conhecer os vários percursos pedestres existentes nos concelhos que integram o Parque do Vale do Tua:
“Este festival resulta de uma candidatura à Federação Nacional de Caravanismo e Montanhismo. Vai-se realizar em Murça nos dias 13, 14 e 15 de outubro, no fim de semana a seguir às eleições.
É um evento nacional e vamos ter cá elementos da federação, elementos do desporto, turismo e segurança.
O primeiro dia vai contar com o seminário onde falaremos do desenvolvimento territorial e segurança com que se devem fazer os percursos, e no dia seguinte, sempre na lógica de aliar a teoria à prática, vamos inaugurar um percurso pedestre em Murça.
Vamos apresentar um conjunto de festivais que vamos realizar todos os anos, envolvendo cada um destes municípios e os percursos.”
O Diretor Parque Natural Regional do Vale do Tua lembrou que este projeto surgiu no âmbito de um trabalho conjunto no território, procurando rentabilizar os fundos comunitários para melhor desenvolvimento desta região.
Artur Cascarejo teceu duras críticas ao Estado pelo facto de não ter investido na ferrovia no interior do país e lamenta a redução dos comboios turísticos no Douro. Este responsável é defensor de uma ligação ferroviária entre e Porto e Salamanca.
“É a prova do falhanço da centralização deste país que é uma doença endémica.
Suponhamos que este projeto dependia de uma decisão central. Provavelmente não haveria projeto de mobilidade no Tua.
Portanto, é lamentável o que está a acontecer, uma vez mais a região é preterida e, muitas vezes, não sabemos como nem porquê, com decisões de pessoas que estão afastadas da região e não percebem o impacto que isso tem.
Eu já defendia isto quando era presidente de Alijó e estive à frente da CIM Douro, deveríamos debater a existência de uma ligação entre o Porto e Salamanca porque passávamos por quatro patrimónios mundiai. Deveríamos ter aqui uma linha electrificada como deve ser, porque todos defendemos a ferrovia, até por motivos ambientais, e afinal, na prática, vemos que o Estado, pelo menos aqui na nossa região, esquece-se muito dela e dos fatores estruturantes para o nosso desenvolvimento.
Se não forem os autarcas, agentes locais e entidades da região a levantem a voz, podem ter a certeza que o que temos desaparece e o que gostaríamos de ter nunca vem.”
As críticas de Artur Cascarejo, Diretor do Parque Natural Regional do Vale do Tua.
INFORMAÇÃO CIR (Universidade FM)