A podridão é a nova doença que está a afectar a castanha em Trás-os-Montes. O fungo foi detectado há dez anos em França e Itália, mas chegou há pouco tempo a Portugal, mais concretamente ao Minho.
De acordo com José Laranjo, presidente da RefCast, a humidade ajuda a que o fungo se propague:
“Estamos a falar de uma podridão, umas manchas castanhas, que aparecem no interior das castanhas, e que depois provocam o seu aprodecimento. Com um bocado mais de humidade a doença propaga-se de forma assustadora provocando um aprodecimento quase instantâneo.”
Segundo José Laranjo, é possível verificar que existe uma relação entre a vespa das galhas do castanheiro e a propagação do fungo que dá origem à podridão da castanha:
“As próprias galhas acabam por se constituir como focos, a partir dos quais se dá a dispersão do fungo. Os esporos depositam-se nas galhas, acabando por criar um micro-clima favorável, e depois contamina-se o resto da árvore.”
De modo a que a doença não se propague, o souto deve ser limpo e a castanha deve ser armazenada num local com temperaturas baixas:
“Aconselha-se a uma limpeza do souto agora no pós colheita, ouriços e castanhas, porque são elas próprias os focos de infecção para o próximo ano. Além disso, a conservação das castanhas deve ser feita em ambiente o mais frio possível, estou a falar em dois graus, limitando muito o desenvolvimento do fungo.”
Até à data ainda não há tratamentos químicos eficazes para eliminar esta nova doença, mas já estão a ser feitas investigações.
Foto: UTAD
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)