Dívidas do Grupo Desportivo Macedense ascendem os 27 mil euros

A revelação foi feita ontem aos sócios na primeira reunião de Assembleia Extraordinária realizada pela atual direção desde que tomou posse em outubro.

Segundo o presidente, quando entraram em funções, o passivo era superior a 29 mil euros, tendo entretanto conseguido reduzir cerca de dois mil. Apesar do valor avultado, João Pires não se diz muito surpreendido:

“Acaba por não ser uma surpresa de todo grande para nós.

Como eu também fiz parte da anterior direção, sabia que havia alguns valores em dívida, não previa é que tivessem aumentado.
Contudo, ressalvo que desta dívida faz parte um valor que faz com que ela seja maior, que é a inscrição dos jogadores. É um gasto anual, obrigatório e está perfeitamente controlável.
Admito que alguns destes valores em dívida possam vir já de épocas anteriores.
É preciso haver, acima de tudo, muito rigor nas contas, mais até nos gastos porque os proveitos não são assim tantos quanto isso.”

Segundo a direção, a seguir aos encargos com as inscrições dos atletas, a maior parte desta dívida é para com fornecedores e esta época ainda não receberam o apoio de 45 mil euros que a autarquia dá ao clube, o que está previsto acontecer em janeiro.

O presidente não considera que este passivo possa ser um entrave à liderança do GDM, mas admite que vai ser um desafio:

“Eu acho que não, mas é um desafio, acima de tudo.

Tanto eu como a minha direção, quando entramos, sabíamos de antemão que tínhamos vários desafios e este seria mais um.
Vamos lutar para que as dívidas sejam sanadas e consigamos repor uma estabilidade financeira que nos permita sonhar e “voar” de outra maneira em termos desportivos.”

Contactado o anterior presidente, João Valdrez, que, recordamos, apresentou demissão da direção do clube no dia 8 de outubro, admite a existência de dívidas e justifica o porquê:

“Neste momento não sei precisar exatamente os valores da dívida, mas posso dizer que esse valor já se arrasta em grande parte desde a época passada, o que é normal porque até o momento em que eu sai ainda não tínhamos recebido absolutamente nada da câmara municipal, e as despesas eram muitas.

Começamos os treinos a 16 de agosto, pagamos esse mês e o de setembro, tivemos os gastos da pré-época, a GNR e a segurança nos jogos, todas essas despesas que conseguimos pagar sem um cêntimo da autarquia.
Em relação a fornecedores, havia dívidas de equipamentos, do fornecedor das bebidas, do gasóleo e da renda de um apartamento alugado para atletas.
Grande parte dos membros atual direção sabia destas situações porque estavam lá.”

João Valdrez frisou ainda que no que toca à inscrição dos jogadores, que segundo o próprio costumam custar ao clube entre 6 a 7 mil euros, o valor em dívida é apenas da presente época:

“Que fique bem claro que esse montante não é dívida porque é da atual época. Quando eu sai, em relação à época passada, ficamos com um saldo positivo de 1200€, que foi um subsídio que a associação atribuiu aos clubes que não tinham dívida.”

A situação financeira do Grupo Desportivo Macedense a ser apresentada aos sócios em reunião de Assembleia Geral Extraordinária.

Escrito por ONDA LIVRE