Programa de voluntariado do IPB dá créditos académicos aos alunos

O Instituto Politécnico de Bragança lançou, ontem, um programa de voluntariado, dirigido aos alunos e a toda a comunidade educativa que se queira envolver. O objetivo é ajudar quem mais precisa e também reforçar o impacto social do politécnico na região, por isso conta com várias entidades locais associadas. Segundo o presidente da instituição, Orlando Rodrigues, além de se levar a solidariedade fora de portas, o projecto também servirá para identificar os estudantes do IPB que mais necessitem de ajuda:

“É um enorme potencial para promovermos o voluntariado enquanto prática que promove a formação integral de jovens, os valores de tolerância, de multiculturalidade, da solidariedade, que ajuda a formar os alunos, mas para além do impacto externo, na região, também vai ter impacto interno, criando mecanismos  de apoio social aos alunos que por outra via não conseguiriam ter.”

A participação no programa de voluntariado será reconhecida como formação:

“O envolvimento numa actividade de voluntariado equivale a uma disciplina, em função do número de horas e do esforço que o aluno dedique ao trabalho de voluntariado vamos reconhecer isso como formação e podemos substituir parte dos créditos por este trabalho de voluntariado.”

No âmbito do projecto, o politécnico celebrou protocolos com 12 instituições da região, ligadas à solidariedade, cultura, protecção animal e ambiente. Conforme o padre Fernando Calado, da capelania do IPB e um dos responsáveis pelo projecto, pretende-se estender e organizar as actividades de voluntariado.

“Havia diversas iniciativas desgarradas e agora procuramos reuni-las e organizá-las. O voluntariado estava muito ligado a IPSS e queremos estendê-lo às instituições culturais, ambientais e de proteção animal e estamos a estudar outros campos.”

Os alunos que precisem podem dirigir-se aos bancos de roupa e alimentos, que serão criados, fora do campus do politécnico. Segundo Fernando Calado, pretende-se que os estudantes ajudem a identificar casos entre os colegas mas há carências nas várias comunidades, quer na nacional quer nas estrangeiras.

“Temos alguns casos nacionais identificados e que estão a ser apoiados, temos alguns casos entre alunos africanos que passam algumas dificuldades e preocupa-nos aqueles que ainda não identificamos.”

No âmbito de programas anteriores, o instituto já tem mais de cinquenta alunos a fazer voluntariado permanente.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)