O produto criado a partir da flor de castanheiro, utilizado como aditivo natural do vinho, em substituição dos sulfitos, que foi desenvolvido no Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança, foi duplamente distinguido. O ChestWine foi vencedor na categoria “Produção, Transformação e Comercialização”, no Prémio Empreendedorismo e Inovação do Crédito Agrícola e recebeu a distinção Born From Knowledge, da Agência Nacional de Inovação. Isabel Ferreira, que liderou o projecto, acredita que este reconhecimento mostra que se trata de uma investigação altamente inovadora:
“Estes prémios são prémios de inovação e representam, antes de mais, que a investigação, liderada por mim, que agora tem continuidade no Centro de Investigação de Montanha, é uma investigação realmente de ponta e altamente inovadora. Foi uma agradável surpresa.”
A ideia do projecto passou por criar uma alternativa natural aos sulfitos. A investigação já decorre há alguns anos e, tendo sido já o produto patenteado, a nível internacional, agora decorrem testes com vários produtores de vinho para que possa entrar no mercado em larga escala:
“Primeiro houve todo o trabalho de prospeção a partir de plantas, no sentido de verificar quais tinham compostos conservantes mais interessantes e depois houve todo um processo de desenvolvimento de ingrediente e depois os respectivos testes. Agora encontra-se em fase de testes alargados, com diferentes produtores de vinho, no sentido da utilização deste ingrediente conservante.”
O produto já está, de certa forma, no mercado em parceria com a quinta da Palmirinha e estão ainda a tratar-se das questões de aprovação de utilização:
“Agora está em fase de ter a sua aplicação à larga escala.”
A Agência Nacional de Inovação considerou o ChestWine como o melhor candidato de base científica e tecnológica a concurso, que lhe valeu o troféu “Árvore do Conhecimento” e um prémio monetário de cinco mil euros.
Foto: Site Agricultura e Mar
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)