O futuro das concessões das seis barragens transmontanas vendidas à empresa francesa Engie é uma preocupação. Em Mogadouro, a questão já suscitou uma moção, aprovada em assembleia municipal, conforme avança Francisco Guimarães, presidente da câmara de Mogadouro e vogal do concelho directivo da Associação de Municípios do Baixo Sabor:
“Mantemos essa interrogação daí a assembleia municipal de Mogadouro ter aprovado uma moção, reflecte bem a preocupação que o município e os munícipes têm que ter, assim como todo o concelho e toda a região.”
A barragem do Baixo Sabor foi a primeira barragem portuguesa a ter 3% da facturação anual da EDP para um fundo ambiental. Francisco Guimarães sublinha que quer ver a fórmula de cálculo do fundo revista:
“Preocupa o concelho e preocupa os concelhos vizinhos. A fórmula de cálculo introduzida desde que os municípios estão a gerir o próprio fundo foi alterada e com essa alteração mantemos a nossa posição de início, queremos ver a fórmula revista de forma a que possamos ter fundo. Da forma que foi feita e que está agora em vigor, os municípios não usufruem de fundo nenhum. Foi a própria EDP que propôs 350 mil euros anualmente e após a sua construção e laboração 600 mil, vemos agora um saldo negativo.”
O autarca de Mogadouro quer ainda que a empresa francesa cumpra o que foi prometido na altura em que a barragem foi construída:
“Queremos que as responsabilidades assumidas com a construção das barragens e as responsabilidades assumidas pelos 65 anos que ainda temos à frente com esta concessão sejam, por parte da empresa francesa, sejam mantidas, para bem dos municípios e dos territórios.”
A concessão das barragens de Bemposta, Miranda do Douro, Picote, Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticieiro é agora da empresa francesa Engie.
Foto: Rádio Brigantia
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)