O diretor Nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, deu esta manhã uma conferência de imprensa em Vila Real sobre o caso da morte de Giovani Rodrigues as cinco detenções, referindo que os motivos deste homicídio são “fúteis” e que os agressores não agiram por ódio racial:
“Os cinco detidos estão indiciados por homicídio qualificado e na base dos factos estão motivos fúteis, de uma desvaneça que ocorreu no interior de um espaço lúdico que teve depois desenvolvimento no seu exterior. São acontecimentos que, muitas vezes, sucedem mas que, felizmente, não acabam com o resultado morte, o que neste caso infelizmente aconteceu.
Dizer também que, contrariamente àquilo tentou ser veiculado principalmente nas redes sociais, isto não se trata de um crime entre nacionais de um país ou de outro ou entre raças. Trata-se sim de um crime cometido por gente violenta.Os motivos já anteriormente calculados vieram a provar-se com a investigação.Queremos ainda dizer que falamos com o presidente da câmara de Bragança e com o presidente do IPB, e tanto Bragança como o nosso país são terras de grande acolhimento e grande abertura do ponto de vista humano.”
Os cinco detidos, com idades entre os 22 e os 35 anos, são residentes em Bragança e, sendo acusados de homicídio qualificado e três crimes de homicídio na forma tentada.
Luís Neves salientou que os cinco detidos não têm antecedentes criminais:
“Foi veiculado também que as pessoas estavam habituadas a este tipo de atos. Isso não é verdade. Bragança não tem este tipo de factos e estes elementos não são conhecidos por estar envolvidos em outras situações, segunda aquilo que os nossos colegas da PSP nos transmitiram.
Os elementos probatórios da fase inicial da investigação são sobretudo assentes em prova testemunhal, e até das declarações do próprios arguidos e de outros elementos de prova que nós, neste momento, não gostaríamos de partilhar por uma questão de sigilo, interesse e defesa da investigação criminal.Mas quero dizer que a investigação foi ininterrupta desde que nos foi comunicada, foram recolhidos elementos de prova muito relevantes para o desfecho desta investigação.”
Os detidos serão presentes esta tarde a Tribunal de Bragança para as aplicação das medidas de coação.
Recorde-se que o jovem estudante do IPB de 21 anos morreu no dia 31 de dezembro, na sequencia de uma violenta agressão no dia 20 dezembro, à saída de uma discoteca na cidade de Bragança.
INFORMAÇÃO CIR (Universidade FM)