A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos foi recebida ontem pelo Presidente da República para se pronunciar sobre os projectos de lei sobre a eutanásia que são levados amanhã ao parlamento. A associação é contra estas propostas e transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa as preocupações com a necessidade de aumentar o apoio aos cuidados paliativos, como referiu o Duarte Soares, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e clínico da ULS Nordeste:
“Sendo a eutanásia completamente oposta à nossa causa, mas envolvendo-se no mesmo tema global, o do sofrimento, estamos verdadeiramente interessados em acompanhar este tema, propondo soluções que passam por um investimento marcado numa área em que há 8 anos tem vindo a ser defraudadas as expectativas dos portugueses em sucessivas estratégias para os cuidados paliativos que têm vindo a cair por terra por falta de investimento público.”
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos considera que há uma alternativa à morte medicamente assistida que deve passar pela aposta nos cuidados paliativos.
O responsável afirma que no distrito de Bragança, apesar de alguns exemplos positivos, há também necessidade de investimentos na área dos paliativos:
“O interior tem dado alguns passos importantes que podem considerados exemplo, mas o distrito de Bragança ainda tem uma cobertura comunitária que ainda é insuficiente, os concelhos do sul do distrito ainda carecem de cobertura tecnicamente capaz.”
O Presidente da República mostrou abertura e sensibilidade em relação aos argumentos da Associação de Cuidados Paliativos, referiu o presidente da entidade Duarte Soares.
Foto: Presidência da República
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)