A equipa sénior masculina do GDM não foi feliz esta tarde frente ao Carrazedo de Montenegro, que levou a melhor por 10 golos, contra 9 da equipa da casa que carimba assim a quarta derrota consecutiva.
Ao intervalo a equipa de Macedo não acertou nem uma única vez na baliza, deixando o adversário marcar sete golos e ir com larga vantagem para intervalo.
Já na segunda parte, atitude renovada pelo plantel Macedense vale nove golos, quatro de Lameirão, dois de Patrick, um de Pedro Amaral, outro de José João e um auto golo, mas o adversário ainda volta a pôr a bola na baliza mais três vezes e acaba por vencer pela diferença de uma bola.
António Aires, técnico do GDM, diz que o na primeira parte a equipa “não existiu” dentro de campo e confessa ter mesmo sentido “vergonha”:
“O Macedense não existiu na primeira parte, apenas ocupou espaço.
Os jogadores estiveram desconcentrados, displicentes, estávamos alertados para aquilo que ofensivamente o Carrazedo fazia e permitimos tudo, ou seja, recolhemos ao intervalo a perder por 7-0. Assim, a equipa teria de fazer quase um milagre para conseguir ir em busca da vitória. Não desistimos, arregaçamos as mangas e fomos à procura disso, e a prova está na segunda parte em que fizemos nove golos, enquanto o adversário fez três.
Eu tive na primeira parte vergonha e no balneário disse aos jogadores que também deveriam ter pelas pessoas que estiveram a assistir ao jogo e merecem respeito, assim como a claque, a quem agradeço a todos o retorno que têm dado e peço que continuem a vir e a apoiar, pois os jogadores e o clube merecem.”
O técnico acusa falta de atitude de alguns dos seus jogadores e diz que põe o lugar de treinador à disposição:
“O que está a faltar é compromisso, concentração e estar desperto para o que o jogo tem.
O Carrazedo não nos surpreendeu com nada e os jogadores é que têm de meter a mão na consciência e, honestamente, já me canso deste aspeto.
Há muita qualidade no Grupo Desportivo Macedense e nos jogadores que aqui estão, e acho que falta atitude, vontade e querer, que foi demonstrado na segunda parte. Não pode ser só momentos, eles têm de traduzir dentro de campo essa qualidade. Se não fizerem isso, vai acontecer algo muito desagradável.
Estou cansado, saturado, neste momento já falei com o presidente do clube e o meu lugar está à disposição porque alguma coisa tem de ser feita.
Eu amo demais o Macedense para o ver sofrer. Se for possível alterar alguma coisa e se essa peça a mexer for o António Aires, essa peça mexe-se pois eu quero é o GDM na II Divisão porque o projeto não são pessoas, é o clube e a instituição, e nós estamos a trabalhar nesse sentido. Veremos o que a próxima semana nos reserva.”
Do lado do Carrazedo de Montenegro, o treinador, Nuno Perdigão, fala numa parte “exemplar” e uma segunda menos boa, atribuindo alguma culpa à arbitragem:
“A nossa primeira parte foi exemplar, quase não cometemos erros e cada vez que fazíamos transição criávamos perigo. Fizemos sete golos e não sofremos.
Na segunda parte sabíamos que o Macedense vinha de cinco para quatro, não podia ser de outra forma, tentamos contrariar e as duas primeiras situações são nossas, para fazer o oito e o nove a zero, não fazemos, e depois, estranhamente, deixamos o Macedense entrar no jogo. Por isso, vale essencialmente pelo resultado.
A exibição na segunda parte não foi tão fantástica, duas expulsões da minha equipa, nós apenas usamos seis jogadores de campo e o cansaço na segunda parte já era muito. Depois, esta equipa de arbitragem empurrou-nos lá para trás com faltinhas, penso que foram 14 e o jogo não as teve, na minha opinião. É de lamentar que muitas vezes isso aconteça e não deixem jogar, ao mínimo contacto marcam todo o tipo de faltas, acabando por estragar o jogo nesse sentido, o que se calhar nos condiciona também para o próximo.”
O Carrazedo de Montenegro mantém a sexta posição na tabela mas agora com os mesmos 24 pontos que o Macedense, que desceu da quarta à quinta posição.
As equipas seguem agora para a 18ª jornada, a última da fase regular.
Escrito por ONDA LIVRE