O PSD apresentou na Assembleia da República um projecto de resolução que recomenda ao governo que as vantagens fiscais que resultem da venda das barragens transmontanas fiquem na região.
A proposta foi aprovada pelo parlamento e recomenda ao governo que a empresa criada para gerir este património fique sediada no distrito de Bragança, que as receitas que o Estado arrecadar com a venda sejam destinadas a um Fundo de Desenvolvimento Regional e que os impostos que esta venda e este património gerarem sejam reinvestidos em Trás-os-Montes.
O deputado eleito pelo círculo eleitoral de Bragança pelo PSD, Adão Silva, considera que é imperativo que haja benefícios directos pecuniários e não pecuniários para a população da região:
“Era importante que revertesse para as pessoas do distrito de Bragança e Vila Real mais-valias destas vendas.”
Adão Silva lamenta que este assunto não tenha sido discutido no Conselho de Ministros da semana passada em Bragança:
“Já que faz este Conselho de Ministros descentralizado em Bragança devia também olhar para casos e realidades concretas que promovem o emprego e desenvolvem o território.”
O projecto de resolução apresentado pelo PSD foi aprovado por apenas dois votos. O deputado Adão Silva estranha que os deputados do PS, nomeadamente os eleitos pelos distritos de Bragança e Vila Real, tenham votado contra este projecto de resolução:
“Quando chegou a hora de votar votaram contra o projecto de resolução. Para mim foi perturbador ver que os deputados do PS meteram em segundo plano a população do distrito de Bragança e os seus direitos.”
A EDP vai vender as barragens de Miranda do Douro, Bemposta, Picote, Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro por um valor, que se anuncia superior a 2,2 mil milhões de euros.
O PSD pede ao governo que esta venda traga “justas compensações para a população transmontana”.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)