Há cerca de uma semana que a Igreja Católica decidiu suspender a celebração de missas com povo, como forma de prevenção ao contágio por covid-19.
No entanto, novas medidas se impuseram também no que toca aos restantes sacramentos. Segundo Roberto Felipe, da Unidade Pastoral da Divina Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, casamentos e batizados, ou outras celebrações que possam provocar o aglomerado de pessoas estão canceladas, até novas indicações:
“Casamentos, batizados, primeiras comunhões, ou qualquer outro sacramento estão suspensos até segunda ordem. Cabe a todos nós ter esta responsabilidade de vivermos neste tempo que irá passar. Temos de ter alguns cuidados para que todos possamos ultrapassar esta fase.”
Quantos às cerimónias fúnebres, os velórios estão proibidos e apenas a família mais próxima do defunto poderá estar presente nas exéquias principais, explica Flávio Batista, funcionário de uma agência funerária na cidade de Macedo de Cavaleiros:
“Não há velório, independentemente do defunto ter estado ou não contaminado. Quer num caso, quer no outro, as urnas terão de estar fechadas. Na igreja não há missas, realizam-se apenas as celebrações das exéquias necessárias, só podendo estar presente a família mais próxima.”
A Direção-Geral de Saúde já havia emitido uma norma sobre cuidados ‘pós-morte’ com cadáveres de pessoas infetadas com o novo coronavírus, recomendando a cremação dos corpos. No entanto, Flávio Batista refere que essa medida só é tomada após ordens da família:
“A DGS recomenda que sejam cremados os corpos em casa de infeção, mas caso as famílias não entendam, a proteção do cadáver é reforçado e temos de ter algumas restrições extra. A urna é fechada e não é aberta em qualquer momento.”
Algumas das medidas impostas pela Igreja Católica e Direção-Geral de Saúde relativamente a sacramentos e funerais, depois do início da pandemia covid-19 em Portugal.
Escrito por ONDA LIVRE