Os idosos são um dos grupos mais vulneráveis no contágio por covid-19.
Assim, têm sido várias as medidas tomadas pelos lares para evitarem o risco de infeção e, embora a suspensão de visitas tenha sido uma das primeiras medidas impostas, na Casa de Repouso Afonso, em Macedo de Cavaleiros, os funcionários fazem agora do local de trabalho a sua casa, como explica Marta Teixeira, diretora técnica:
“Ponderamos criar turnos rotativos entre os nossos funcionários, de forma a garantir que os trabalhadores se acautelassem a eles e à instituição, fazendo eles o período de quarentena aqui, com os nossos idosos. Temos um turno que fica oito dias, e descansa outros oito, depois entra outro turno que faz o mesmo processo. Faremos isto durante cerca de quatro semanas, até à data em que o Governo prevê que será o pico desta pandemia.”
Durante uma semana, os colaboradores abdicam das suas casas em prol do bem-estar dos utentes. Uma medida que, segundo Marta Teixeira, foi bem recebida:
“Esta é a nossa maneira de proteger os idosos, uma vez que são a classe mais deficitária nesta situação. Assim, protegemos possíveis contágios e sabemos que os funcionários a laborar, durante a semana que lhes corresponde, não terão contacto com outras pessoas externas à instituição, sendo que os que estão em casa se encontram também em quarentena.
Os colaboradores receberam a ideia de forma muito pacífica e não houve discórdia por parte de nenhum.”
Na Casa de Repouso Afonso, em Macedo de Cavaleiros, laboram atualmente 10 funcionários que têm a seu cargo 40 utentes.
Foto: Facebook Casa de Repouso Afonso
Escrito por ONDA LIVRE