Os centros de testes covid-19, criados, no inicio de Abril, pelas câmaras de Bragança e Mirandela, em colaboração com os hospitais privados das duas cidades, já não estão em funcionamento. Em comunicado, as autarquias explicaram que os centros estavam aptos para prestação de serviços, através do Serviço Nacional de Saúde, mas a sua actividade “ficou aquém das possibilidades” e centrou-se na colaboração que as autarquias desenvolveram, tendo sido feitos 578 testes. Júlia Rodrigues, presidente da câmara de Mirandela, considera que o papel que havia a desempenhar foi cumprido:
“Sempre fomos complementares à situação que o Serviço Nacional de Saúde conseguiria responder. Os centros cumpriram o seu papel. Neste momento, julgamos qu estão garantidas todas as condições, pelo que nos foi dito pelo presidente do Conselho de Administração da ULS Nordeste.”
Após a criação dos centros, os autarcas dos dois concelhos disseram não compreender porque motivo a ULS Nordeste não estava a encaminhar utentes para fazer testes nas duas unidades de despistagem. Questionada sobre se o encerramento dos centros poderia estar relacionado com esta questão, Júlia Rodrigues esclarece que foram testadas as pessoas que eram encaminhadas pela Linha de Saúde 24 e prefere sublinhar a importância que as unidades tiveram:
“A ULS encaminhou todos os utentes da Linha de Saúde 24, todos os P1. Importa salientar, de qualquer forma, a criação dos centros e a resposta que conseguimos dar, porque, de outra maneira, havia muitas pessoas que não conseguiriam realizar o teste, numa altura em que era importante, como é hoje, mas em que há uma capacidade de resposta diferente em relação à data.”
Foi ainda esclarecido que os centros foram desmobilizados porque estava cumprido o objectivo de ajuda à população, porque há agora maior capacidade de testagem instalada pelas entidades públicas, capaz de responder às necessidades do distrito, e ainda porque a Direcção-Geral de Saúde anunciou que a linha de Saúde 24 vai deixar de prescrever testes de despiste. Quanto ao presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias, ainda não foi possível obter qualquer declaração, apesar das tentativas de contacto.
INFORMAÇÃO E FOTO CIR (Rádio Brigantia)