Os deputados do PSD acusam o Governo de não colocar à disposição das populações os meios aéreos necessários de combate a incêndios rurais.
Os parlamentares sociais-democratas querem saber porque motivo os meios previstos para a segunda fase do dispositivo especial de combate a incêndios rurais não estão disponibilizados no terreno.
Luís Ramos, deputado do PSD pelo círculo de Vila Real, refere que, por exemplo, faltam helicópteros previsto para Vila Real e Alfandega da Fé.
“Tivemos informação de o dispositivo especial de combate a incêndios rurais para 2020 previa que no dia 15 de maio, o chamado nível II, tivesse início e que estivessem disponíveis 14 helicópteros ligeiros, 12 médios, oito aviões bombardeiros, dois de reconhecimento e dois helicópteros também de reconhecimento.
Estes meios deveriam estar operacionais já em vários distritos do país e, na verdade, isso não aconteceu. Não sabemos porquê mas sabemos que faltam helicópteros, por exemplo, em Fafe, Ourique, Sernache, Portalegre, Grândola, Santa Comba, Vila Real e em Alfândega da Fé.
Queremos que o Governo explique quais as razões deste atraso pois nos últimos dias temos vivido condições climáticas particularmente propícias para a propagação de incêndios florestais e a falta de meios vem comprometer todo o dispositivo de combate.”
Luis Ramos espera que quando começar a terceira fase do dispositivo não se verifique novos atrasos na colocação de meios aéreos no terreno.
Os deputados pedem ao Governo “garantias de que os atrasos vão ser recuperados e não vão ser repetidos”:
“Parece-nos estranho que, tendo sido o Governo a fixar este calendário, agora não o cumpra. Tiveram todas as condições políticas para disponibilizar e colocar os meios no terreno, de forma a que, para além da pandemia, não tivéssemos outra fonte de preocupação adicional que, de alguma forma, vem perturbar a confiança e a tranquilidade das populações, sobretudo no interior onde estes incêndios têm, naturalmente, um impacto maior.
A nossa preocupação é, essencialmente, perceber as razões e, sobretudo, pedir ao Governo garantias de que estes atrasos vão ser rapidamente recuperados e não se vão repetir nas fases seguintes.”
Os deputados social-democratas frisam que os meios aéreos são “um dos elementos fundamentais de qualquer estratégia de combate” aos incêndios e critica os “recorrentes atrasos na colocação de meios aéreos no terreno e a violação constante do planeamento previsto no DECIR dos últimos três anos”.
INFORMAÇÃO CIR (Universidade FM)