A TAP anunciou no início desta semana o seu plano de retoma das operações, no qual dá conta que vai alterar as rotas e diminuir os voos semanais, o que atinge o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
A partir de agora a TAP prevê apenas 27 voos semanais até ao final de junho para o Porto. Em julho a companhia aérea estipulou cinco voos internacionais de e para o aeroporto Sá Carneiro e mais 23 nacionais.
Esta reorganização da TAP desagrada aos autarcas do norte e presidente da Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal, que mostraram a indignação ontem em conferência de imprensa.
Para o presidente da Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins, a atitude da TAP “é inadmissível e numa humilhação para a região Norte e para o país”.
Já o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, diz-se preocupado até porque a decisão da TAP vai afetar o turismo na região:
“O Aeroporto Francisco Sá Carneiro é uma porta de entrada do Norte e da Península Ibérica, com um impacto muito relevante na atividade turística e económica da área metropolitana do Porto, mas também de todo o território, incluindo o país.
Cientes das dificuldades que os setores de atividade ligados à hotelaria e ao turismo estão a atravessar, não podemos aceitar que a empresa transportadora aérea que carrega o nome de Portugal e que é detida em parte pelo estado português, se dê ao desplante de ignorar uma parte tão insignificante do país.”
Os autarcas do Norte solicitaram ontem ao Primeiro-ministro para “não ceder um milímetro na defesa da região Norte”.
Rui Santos disse que esta posição dos autarcas pretende chamar a atenção do Governo e da própria empresa para que o Norte não seja prejudicado com o novo plano de retoma da TAP.
Entretanto, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou à agência Lusa que a Comissão Executiva da TAP tem o dever legal de “gestão prudente” e “não tem credibilidade” um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal.
INFORMAÇÃO CIR (Universidade FM)