Homem suspeito de ter morto os cunhados vai aguardar julgamento em prisão preventiva

José Elias dos Santos, o homem de 66 anos, suspeito de ter morto a tiro os cunhados, em Avarenta, concelho de Valpaços, no passado sábado, vai aguardar julgamento em prisão preventiva.
Isso mesmo deliberou o Magistrado do Tribunal de Valpaços, ao final da tarde de ontem, após o primeiro interrogatório que durou cerca de quatro horas.

A opção pela aplicação da medida de coação mais grave teve em conta a existência de alarme social, como um sentimento de perigo para as autoridades e o perigo de fuga.

Ao que apuramos, o ADN recolhido num vestígio no local onde foram encontrados os corpos das vítimas foi comprovado pelo Laboratório de Polícia Científica da PJ como sendo de José Elias, e terá sido determinante nas provas apresentadas.
Tentou apagar vestígios dele, apagar o seu rasto do homicídio, mas terá cometido alguns erros. José Elias terá sempre dito à PJ que no momento em que os cunhados eram mortos, ele estava em casa, de onde garantiu não ter saído.
O suspeito tinha sido detido, na passada terça-feira, dois dias depois de ter sido encontrada a suposta arma do crime e um par de luvas, nas imediações do local onde aconteceu o duplo homicídio.
O crime aconteceu, no sábado, num lameiro a cerca de 500 metros do centro daquela aldeia da freguesia de Carrazedo de Montenegro. As primeiras suspeitas já recaíam sobre José Elias, com base em relatos de moradores daquela aldeia de que existiam desavenças antigas e ameaças de morte, devido a um episódio de caça ao javali.
Algumas horas após o crime, o suspeito chegou a ser interrogado pelos inspetores da PJ de Vila Real, mas acabaram por deixá-lo regressar a casa, durante a madrugada de domingo, devido à falta de provas materiais do crime, tendo em conta que o suspeito não tinha qualquer vestígio de pólvora e que as duas armas apreendidas (uma caçadeira e uma carabina) não foram as utilizadas no duplo homicídio.
A estratégia foi manter um policiamento de proximidade ao suspeito e continuar as investigações que resultaram na obtenção de meios de prova – a arma e um par de luvas – e novos indícios que resultaram na detenção de José Elias, na passada terça-feira à tarde. Vai aguardar julgamento no estabelecimento prisional de Vila Real.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Terra Quente)