O Mercado Municipal de Exposições abriu portas, este domingo, à primeira edição do Mercado dos Produtos da Terra.
Uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços.
Apesar da boa adesão de alguns produtores, Benjamim Rodrigues, presidente do Município, lamenta que as grandes empresas do concelho não tenham aderido:
“Os produtores vêem a iniciativa com bons olhos, até porque é uma grande oportunidade de escoar produtos locais, genuínos e de qualidade. Numa altura de rescaldo da pandemia é
uma forma de abanarmos a economia.
Tenho pena que as entidades com mais responsabilidades na parte económica agrícola do concelho não estejam presentes, nomeadamente a Cooperativa que devia estar na primeira linha e não está, lamentamos.
Há outros produtores que não estão mas é a primeira feira e acreditamos que as próximas realizações possam estar com uma afluência considerável.”
O objetivo deste Mercado de Produtos, inserido na campanha “Consuma Local”, é ajudar no escoamento e promoção do que é produzido no concelho macedense.
Segundo Paulo Moreira, presidente da Associação Comercial, este mercado terá mais edições e poderá até juntar-se às feiras mensais:
“Estamos a estudar a hipótese de ter um dia fixo como o sábado ou domingo ou até de conciliar este mercado com as feiras. Isso pode ser benéfico para os dois lados porque acabamos por estar a integrar mais um grupo de exposição e venda. Acho que é importante ter em conta a quantidade de pessoas que possam usufruir do espaço. Como esta era a primeira feira, precisávamos que tivesse algum impacto isolado. Num futuro próximo, fará sentido integrar as duas coisas, uma vez que 80% dos feirantes do distrito são de Macedo.”
A expor os seus produtos estiveram 20 produtores que consideram que este tipo de iniciativas são uma mais-valia:
“É uma iniciativa importante e é bom porque ajuda a escoar os produtos. Deviam acontecer regularmente. Para já ainda não tivemos dificuldades, uma vez que o que temos em maior quantidade é a cereja e tem tido grande procura este ano.
Sou de Arcas e estou a vender aquilo que tinha agora em maior quantidade. Repolho, couve-flor, bróculos e cebola. Já tive cerejas mas já acabaram. Não tenho tido dificuldade em escoar os produtos porque vou duas vezes por semana ao Porto, vim para participar.”
E quem compra, não nega que esta é uma boa forma de ajudar:
“Esta é uma boa oportunidade para comprar produtos biológicos. Já comprei pão, económicos, bolinhas da Tia Luísa de Lagoa e ovos. Penso que devem continuar com este mercado porque é uma forma de ajudar os agricultores.
Gosto destes produtos e quero ajudar. Esta iniciativa devia continuar, são produtos ótimos. Comprei pão mas ainda vou comprar fruta.”
Pão, azeite, cereja, queijos ou ovos, num mercado onde a variedade de oferta se aliou à vontade de ajudar aqueles que, em tempos de pandemia, temeram pelo negócio.
Escrito por ONDA LIVRE