Foi assinado ontem o auto de consignação de obras no hospital de Bragança no valor de três milhões de euros.
São intervenções para ampliação e melhoria do bloco operatório, do laboratório de patologia clínica e a construção de uma nova central de esterilização.
As obras, que vão começar de imediato e devem estar prontas dentro de 19 meses, eram esperadas há vários anos. Foram vários as etapas morosas como destacou o presidente do conselho de administração da ULS Nordeste, Carlos Vaz:
“Uma coisa é a aprovação dos fundos estruturais e outra coisa são as autorizações necessárias dentro do país. Demorou, efectivamente, nomeadamente no Ministério das Finanças a aprovação. Com a última crise financeira foi necessário reestruturar projectos e só no ano passado é quer conseguimos todas essas aprovações, desde o Ministério da Saúde ao das Finanças e, posteriormente, o visto do Tribunal de Contas. Também atrasou a obra porque, há cerca de um ano e meio, abrimos concurso e ficou deserto. Não houve concorrentes. Tivemos que refazer o projecto, nomeadamente na parte financeira e foi aí que demorou porque teve que haver um reforço de mais 500 mil euros por parte do Ministério das Finanças.”
Carlos Vaz destaca a importância desta intervenção na melhoria da prestação dos cuidados de saúde:
“Será uma obra estruturante muito importante até pelos tempos que correm, em que temos que reforçar as áreas, nomeadamente os laboratórios para fazer analises e esperemos que não haja outras pandemias nos próximos anos. Com esta construção iremos ficar muito melhor preparados para as enfrentar e com instalações condignas, com todas as áreas importantes para servirmos a população.”
O representante da administração adiantou ainda que com a pandemia os hospitais da ULS conseguiram melhorar as condições das instalações:
“Fizemos uma remodelação muito grande, um investimento de muitas centenas de milhares de euros, em muitos serviços. Fizemos um grande investimento de ventiladores extractores, de modo a evitar a circular a circulação de vírus, com grande capacidade de extrair o ar de todas as aéreas. Fizemos esses investimentos no hospital de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela. Melhoramos exponencialmente a aérea de conforto, qualidade e protecção quer para doentes quer para profissionais.”
A ULS do Nordeste também recebeu mais oito ventiladores e outros equipamentos, para ajudar a unidade a preparar uma eventual segunda onda.
Foto: ULSN
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)