Direção dos Bombeiros de Mirandela caiu

Agora sim é mesmo oficial. Caiu a direção dos Bombeiros de Mirandela.

Sete dos nove membros da direção, incluindo o presidente, entregaram as cartas de demissão e provocam eleições antecipadas já marcadas para 25 de julho.

A confirmação chegou ao final da tarde desta segunda-feira. O presidente da Assembleia-Geral da Associação do Bombeiros de Mirandela, Artur Assis, dava conta que já tinha recebido as cartas de renúncia do mandato de mais seis membros da direção que se juntaram à do presidente, Marcelo Lago, que já tinha sido entregue na noite do passado sábado.

Dos nove elementos da direção, apenas duas vogais não apresentaram a demissão, mas a falta de quórum resulta na queda da direção e na convocação de eleições antecipadas.

Recorde-se que, ao final da manhã, de ontem, quatro elementos tinham revelado que não se demitiam, alegando que a carta aberta da maioria do corpo ativo apenas pedia a saída do presidente e não da restante direção, mas ao final da tarde, dois deles também entregaram as cartas de renúncia ao mandato, deitando por terra a possibilidade de haver quórum.

O presidente da Assembleia-Geral adiantou que o prazo para entrega de listas para o ato eleitoral de 25 de julho, finda no dia 10 de julho.

Está agora confirmada a queda da direção presidida por Marcelo Lago depois de 19 anos à frente daquela associação. O antigo presidente da câmara de Mirandela, entre 1976 e 1989, e os restantes elementos dos órgãos sociais, tinham sido eleitos, em dezembro do ano passado, para um mandato de três anos que terminaria no final de 2022.

Até à tomada de posse da nova direção, o atual elenco vai manter-se em gestão administrativa da associação e Luís Carlos Soares continua como comandante em regime de substituição, tal como acontece desde o início de junho, após a demissão do anterior comandante, Edgar Trigo, que estava no cargo desde janeiro de 2013.

Isto porque também o processo de nomeação do novo comandante da corporação, iniciado a semana passada, cai por terra. Henrique Teixeira, antigo comandante dos bombeiros de Melo, no distrito da Guarda, tinha sido a escolha de Marcelo Lago, mas, mediante este clima interno na corporação o próprio comandante indigitado terá enviado uma carta à direção declinando o convite, alegando não ter condições para exercer o cargo.

Está confirmada a queda da direção dos bombeiros de Mirandela com a demissão da maioria dos seus elementos após uma série de polémicas internas que levou 51 elementos do corpo ativo a pedir a saída do presidente da direção. As eleições antecipadas estão marcadas para 25 de julho.

INFORMAÇÃO CIR (Terra Quente FM)