A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) entregou ontem quase três mil peças de vestuário e calçado contrafeito, no valor de cerca de 50 mil euros, a oito santas casas dos distritos de Bragança e Vila Real.
De todas as doações já realizadas este ano, esta foi, até ao momento, a maior, e o Inspetor Geral da ASAE, Pedro Gaspar, explica porquê:
“Até ao momento, esta foi a maior doação do ano..
Há uma convergência, no sentido de criar uma otimização, tendo em conta as zonas mais periféricas do país, de forma a compensá-las um pouco. Há sempre uma matriz de interioridade vs dificuldade, em função também das quantidades disponíveis.
Neste momento, já doamos mais de cinco mil peças, em 21 doações feitas e esta representa quase metade desse valor.Continuaremos neste registo em outras partes do país, o que não quer dizer que, eventualmente, não venhamos novamente a Trás-os-Montes ainda este ano.Esta ação é a persecução da nossa política de responsabilidade social, não esquecendo as zonas do interior mais remoto de Portugal. “
Foram contempladas as santas casas de Macedo de Cavaleiros, Chaves, Bragança, Vinhais, Torre de Moncorvo, Mirandela, Alijó e Valpaços.
Este é o segundo ano que a Santa Casa de Macedo recebe artigos doados pela ASAE, o que para o provedor, Alfredo Castanheira Pinto, é uma boa ajuda para os cerca de 300 utentes da instituição e não só:
“É muito importante para a santa casa porque vem ajudar em determinados problemas.
À maior parte dos nossos utentes somos nos que compramos a roupa, e algumas destas peças oferecemos-lhes por altura do Natal. Além deles, estas peças também vão ajudar aquelas pessoas que vão à misericórdia pedir roupa.
Uma das obras de misericórdia destas instituições é vestir os nus, esta ação enquadra-se perfeitamente.”
E a realidade trazida pelo novo coronavírus fez com que a ASAE voltasse atenções para algumas fiscalizações em particular, referiu ainda o Inspetor Geral da ASAE:
“Privilegiamos alguns dos nossos meios mais direcionados para a realidade da Covid-19, com relevo, numa primeira fase, para a matéria dos preços, situação que combatemos muito.
Agora, numa segunda fase, temos estado mais atentos à venda das máscaras, mecanismos de insegurança e sociais, em que ocorrem, como já verificamos, contrafações.
Ainda que não seja em grande quantidade, já apreendemos máscaras contrafeitas, ligadas ao fenómeno da moda e das marcas desportivas.”
No geral, a quantidade de material contrafeito apreendido tem vindo a aumentar e a zona do país onde se verificam mais ações é o Litoral Norte.
Escrito por ONDA LIVRE