João Alves é o novo presidente da Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética

O também presidente da Junta de Freguesia de Podence, no concelho de Macedo de Cavaleiros, sucede a Artur Cordeiro, que passou a ocupar o cargo de presidente do Conselho Fiscal.

Para os próximos três anos, João Alves diz que os planos são diversos, e destaca que vão ter em atenção dois dos atuais problemas do setor: as doenças e a fiscalização:

“A nível da doença, pouco podemos fazer. No entanto, queremos incentivar e apoiar as associações no sentido de se repovoarem, condignamente e com as regras necessárias. Vamos tentar lutar junto do Estado para que haja apoio para as nossas associadas poderem fazer algo de novo pela caça.

A nível da fiscalização, o Estado é quem tem o papel principal, mas vamos tentar reivindicar que algo mais seja feito.”

O novo presidente diz que têm ainda o objetivo de recuperar algumas associações que, ao longo dos anos, foram abandonando a federação:

“Queremos ver se conseguimos apelar a que eles voltem para a federação, fazendo-lhes entender que é útil e que os podemos representar. Acho que durante alguns anos essa ideia se foi esmorecendo, principalmente quando o Estado nos retirou a comparticipação que dava pela emissão das licenças de caça, passando estas a ser tiradas no multibanco.Essa era uma vantagem que a federação dava às associações e que deixou de poder dar e fez com que muitas desistissem. Vamos tentar mostrar-lhes que temos outros argumentos para além desse.”

João Alves aponta ainda como problema do setor as burocracias e custos associados à atividade venatória que, segundo diz, estão mesmo a afugentar alguns caçadores:

“Desde que a questão do uso e porte de arma e licenças passou para a PSP, a situação agravou-se muito pois são demasiado rígidos e não estariam bem vocacionados para tomar conta deste processo.

Neste momento, creio que as coisas vão andando um pouco melhor mas é necessária uma maior abertura por parte da PSP e do Estado para que as coisas não sejam tão complicadas.

Para além dos custos exagerados que as licenças representam, um jovem caçador fica sem vontade de o ser com esta burocracia.

Acho que a rigidez é demasiada e tem de haver aqui algum jogo de cintura por parte das entidades. Vamos representar o nosso papel fazendo alguma força.”

Rui Vilarinho, vereador do município de Macedo de Cavaleiros, realça a importância de trabalhar em parceria com a federação:

“Quando há elementos novos, há sempre ideias novas.

Temos sido parceiros ao longo dos anos, neste e em outros mandatos, e acreditamos que juntos podemos fazer algo de positivo na caça, até porque é preciso. Temos de ser proativos visto que temos o selo de Capital da Caça e não basta apenas parecê-lo, temos de sê-lo.

Por todos temos de trabalhar para alavancar cada vez mais esta atividade que mexe muito com a economia local.”

Da nova direção, que já tomou posse, fazem também parte António Fernandes e João Ribeiro como vice-presidentes, António Moreira é secretário e Francisco Castanheira Pinto ocupa o lugar de tesoureiro.

Escrito por ONDA LIVRE

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Foto: nova direção da FACIRC.