Arrancou esta semana a obra de reabilitação da Casa do Adro, também conhecida como Casa do Arcebispo D. José de Moura, em Alfândega da Fé.
O edifício, situado na zona histórica da vila, vai servir para instalar o Posto de Turismo e o Museu Municipal de Arte.
Um espaço há muito ansiado que vai responder a duas lacunas do concelho, refere Eduardo Tavares, presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé:
“É uma obra ansiada há algum tempo e vai dinamizar muito a nossa cultura, valorizar o nosso património e promover ainda melhor o território.
Vamos responder a duas lacunas existentes no nosso município, pois não temos um espaço museológico que possamos dinamizar para valorizar a nossa cultura, nem um posto de turismo para promover e divulgar melhor o concelho. Este equipamento vai dar essa resposta.
Para além disso, estamos a investir em uma zona que tem uma história ligada a uma família e a uma personagem importante do nosso concelho, que nos ajuda também a conhecer melhor a nossa história e ganhar mais identidade.”
Um projeto que o Diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte, considera “inovador” e capaz de dinamizar a cultura e o turismo de Alfândega da Fé:
“Esta revitalização da Casa do Adro vai assumir um papel essencial na dinamização cultural e turística da vila de Alfândega da Fé.
Uma parte da equipa técnica da Direção Regional de Cultura, em conjunto com a equipa técnica da câmara, estão a preparar aquilo que irá ser o projeto expositivo deste espaço, que pretendemos que seja inovador na forma como aborda as questões, a leitura das obras de arte, como as relaciona, percebendo sempre que, a arte e a cultura têm mais expressão e significado quando são percebidas.
O esforço que estamos a fazer é precisamente para trazer ao museu uma nova visão e uma nova forma de encarar a produção de arte, diferenciando o projeto do museu de Alfândega da Fé de um conjunto de outros que também vão surgindo no território.”
O momento que deu início às obras foi assinalado com o lançamento e bênção da primeira pedra.
Presente esteve D. José Cordeiro, Bispo da Diocese Bragança-Miranda, que considera a reabilitação do edifício como uma forma de fazer memória ao Arcebispo D. José de Moura:
“É justo e necessário por fazer memória deste cidadão e Bispo católico do século XIX que nasceu aqui em Alfândega da Fé, de onde também foi Bispo, assim como de todo este território que hoje é o Arciprestado de Moncorvo.
É de todo importante e pelo seu percurso de vida, que iniciou aqui em Alfândega.
Pouco depois da sua morte, já o município tinha atribuído o nome dele a uma rua, mas é um complemento cultural e identitário.”
Para a obra de reabilitação da Casa do Adro estão a ser investidos mais de meio milhão de euros, co-financiados pelo programa Norte 2020. O prazo de execução da obra é de um ano.
Escrito por ONDA LIVRE
