A responsabilidade de não terem sido testados de imediato todos os utentes e funcionários dos lares da Santa Casa da Misericórdia de Bragança é das autoridades de saúde, segundo José Fernandes. O membro da mesa de assembleia da Santa Casa de Bragança explica que o primeiro caso foi detetado no dia 22 de setembro, mas só começaram a ser testados os utentes uma semana depois, quando uma idosa foi para o hospital e testou positivo para a Covid-19:
“A primeira suspeita foi uma colaboradora, com sintomas, fez teste e soubemos o resultado dia 22. Também nesse dia houve sintomas numa outra colaboradora. Foi testada no dia seguinte juntamente com a irmã da primeira colaboradora. Só aí já temos três casos positivos. O surto começou a desenvolver-se dia 26. Uma utente que teve uma queda e foi socorrida na urgência foi diagnosticada com covid e foi-nos comunicado dia 28. E a partir daí é que começou o processo de testar os restantes lares.”
José Fernandes salientou que sempre estiveram em contacto com as autoridades de saúde e que seguiram todos os procedimentos:
“Nós comunicámos à saúde pública o que estava acontecer. Isso já é uma questão que deve ser colocada à saúde pública. O que nos compete a nós é comunicar às autoridades as pessoas que tenham sintomas, ainda que sejam leves. A saúde pública é que desenvolve o processo de os testar e quais os procedimentos que temos que tomar.”
No complexo da Santa Casa da Misericórdia de Bragança há ainda uma Unidade de Cuidados Continuados e um jardim-de-infância. Os colaboradores e utentes da UCC já foram testados ontem, mas ainda há duvidas se as crianças vão ou não ser testadas:
“Em relação às creches as entradas e saídas são diferenciadas. Entendeu a saúde pública primeiro testar os auxiliares, colaboradores e professores, em função disso é que vai decidir mais diligências.”
Entretanto, registaram-se mais três casos de Covid-19 na instituição. Há dois colaboradores infectados: um no lar da Imaculada Conceição e outro no lar de Santa Isabel. Quanto ao terceiro, sabe-se apenas que não pertence às respostas sociais da instituição. Quanto aos testes feitos aos funcionários e utentes da Unidade de Cuidados Continuados, 126 pessoas testaram negativo e 19 aguardam ainda o resultado. Falta ainda testar 157 pessoas, 71 utentes do Centro de Educação Especial e 86 colaboradores.
Entretanto, há agora também mais um utente internado. Neste momento há um total de três.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)