Cerca de 20 alunos com necessidades especiais de Macedo, Mogadouro e Vinhais estão sem terapeutas

Cerca de 20 alunos com necessidades especiais, dos agrupamentos de Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Vinhais, estão sem terapeutas da fala, ocupacionais e de fisioterapia desde o início do ano lectivo. Devido às poucas horas letivas, os profissionais podiam trabalhar em mais que um agrupamento, mas agora terão que ficar vinculados num só. Isto significa que as escolas são obrigadas a abrir novos concursos que muitas vezes ficam desertos. Isabel Lopes, deputada do PSD eleita por Bragança, quer saber que motivos justificam a ausência destes multidisciplinares:

“Ao abrigo do PREVPAP, docentes que se encontravam em situação precária foram alocados. Antes, um professor que fizesse, por exemplo, a Escola Abade Baçal, em Bragança, também se deslocava a Vinhais para completar o seu horário.

Neste momento, como está efetivo nessa escola, deixou de prestar esse serviço, ou seja, novos concursos vão ter de ser abertos, sem falta, para esses terapeutas.”

Isabel Lopes já questionou o Ministro da Educação sobre este problema e quer saber quais são as soluções que vão ser apresentadas. Uma situação que a deputada considera muito grave:

“A ser verdade é muito grave. Temos duas dezenas de alunos com esta carência que precisam destes terapeutas para a sua evolução, se realmente queremos ter uma escola e um ensino inclusivos.”

Os directores dos agrupamentos de escolas de Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Vinhais não quiseram prestar declarações gravadas mas confirmam que há realmente falta de terapeutas. Ao que apurámos no agrupamento de Mogadouro já foram abertos dois concursos, mas sem sucesso. O director vai enviar um ofício à tutela a explicar a situação. Já em Vinhais aguarda-se autorização para que possa ser aberto um concurso. Até que seja colocado um terapeuta decorrerão cerca de 15 dias.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)