Tribunal decide hoje medidas de coação a aplicar ao ex-bancário de Carrazeda de Ansiães

A juíza do Tribunal de Vila Flor agendou para esta manhã a decisão sobre as medidas de coação que vai aplicar ao ex-bancário de Carrazeda de Ansiães, que é suspeito de fraudes que terão causado danos patrimoniais às vítimas estimados em cerca de 1,8 milhões de euros.

O arguido foi apresentado ontem à tarde ao tribunal de Vila Flor pela Polícia Judiciária, que também ontem anunciou em comunicado a sua detenção.

Segundo a PJ, o ex-bancário, que trabalhou no Crédito Agrícola da Terra Quente, com sede em Carrazeda, é suspeito da “prática dos crimes de falsificação de documentos, abuso de confiança e burla qualificada”.

Acrescenta que os crimes “foram cometidos ao longo de cerca de 10 anos”. “O arguido abordava os clientes da instituição financeira onde trabalhava, com os quais mantinha uma relação de confiança e oferecia-se para aplicar os montantes correspondentes às poupanças das vítimas em aplicações financeiras de alta rentabilidade”.

Depois de obtido o acordo das vítimas “o arguido apoderava-se dos valores dos clientes em proveito próprio e para evitar que se apercebessem da situação, emitia e entregava-lhes um documento falso, que pretendia representar o depósito dos montantes que lhe haviam sido confiados numa aplicação financeira efetivamente comercializada pela instituição financeira”.

A PJ salienta que, através de tal atividade fraudulenta, “o arguido causou danos patrimoniais às vítimas estimados em cerca de 1,8 milhões de euros”.

O Jornal de Notícias avança hoje que “as autoridades fizeram buscas que permitiram encontrar uma lista de lesados com cerca de 100 nomes e que o valor total das burlas poderá ascender a cerca de cinco milhões de euros”.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)