O Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação, sediado em Bragança, está a desenvolver uma aplicação móvel que permite detectar precocemente o deterioramento do estado de saúde de idosos com Covid-19, que residem em lares. Através da medição da temperatura corporal e da saturação de oxigénio no sangue, o dispositivo vai conseguir prever a evolução do vírus ou até o seu aparecimento, explica José Barbosa, director técnico-científico do grupo de tecnologia do Colab More:
“Permitem aos cuidadores de saúde perceber o estado de saúde dos utentes. Se estivesse numa residência sénior e a minha saturação de oxigénio do sangue estivesse a ir para parâmetros, que aliados à temperatura, fossem críticos, pudessem dar uma indicação de que podia estar a ter Covid-19 ou a ficar com a minha saúde pior, alertasse o enfermeiro, médico ou o cuidador.”
Por enquanto ainda não é possível perceber com quanto tempo de antecedência é determinado se o idoso tem ou não o novo coronavírus.
O projeto terá a duração de cerca de 8 meses e conta com um financiamento de 150 mil de euros. Para já está a ser desenvolvido apenas para idosos residentes em lares, mas prevê-se que seja alargado à restante população:
“A ideia será o produto no futuro evoluir, que permita a cada lar, mesmo a nós se estivermos em casa, comprar o produto/serviço e podermos ter um acompanhamento à distância personalizado. Estamos a pensar não só para os cuidadores médicos, mas também para os familiares.”
O Sistema de Monitorização Autónomo para a Covid-19 está a ser desenvolvido pelo Colab More, mas também conta com a parceria da Riskivector, uma incubadora do Instituto Politécnico de Bragança, e do hospital privado Terra Quente. Este projecto é financiado pelo Programa Operacional Comptitividade e Internacionalização, no âmbito Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Foto: ColabMore
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)