Foi aprovado, ontem, em Assembleia Municipal o orçamento para o ano de 2021, numa soma de 33 milhões de euros, o que perfaz um aumento de seis milhões relativamente a 2020.
Considerado como o maior orçamento de sempre, a execução da despesa pública, a melhoria na gestão dos recursos do Município, bem como execução a estratégia de investimento e a parceria com as freguesias, ditam as quatro linhas estratégicas do documento.
Há cerca de 24 milhões de euros para investir nas grandes opções do plano para o próximo ano, nas quais se destacam algumas obras, como refere Benjamim Rodrigues, presidente do Município Macedense:
“No ensino e educação, destaco a requalificação da Escola Básica e Secundária, no valor de 793 mil euros.
Na Ação Social temos o apoio a habitações degradadas.O desporto e tempo livre também são importantes e por isso vamos construir um campo sintético, um campo de padel e basquetebol.Na cultura e turismo, o Centro Hípico de Grijó é também destaque e ainda, por exemplo, o Welcome Center do Azibo.
Na área do ambiente temos previstas intervenções no saneamento do concelho e no abastecimento da água.Na proteção civil vamos comparticipar a Associação do Bombeiros.De ressalvar ainda o Parque Urbano e a Refe Interface e os seus acessos.”
Nas freguesias mais afastadas do concelho, vão manter-se os gabinetes de apoio ao cidadão:
“Para além dos investimentos que a Câmara Municipal vai executar em freguesias, vai ainda estabelecer acordos de parceria com outras para investimentos no valor de mais de 47 mil euros.Nestas grandes opções do plano, o investimento total nas freguesias ultrapassa o milhão de euros. Vamos ainda manter os gabinetes de apoio ao cidadão nas freguesias mais afastadas da sede de concelho. Começámos com três e neste momento já são cinco. Um investimento de 37 mil euros.”
Da bancada do PSD, Nuno Morais, que votou contra, considera que este orçamento nada traz de novo, tratando-se de um documento de continuidade com fraca taxa de execução no ano anterior:
“Se formos ver, o primeiro orçamento que trouxeram era negativo, e este também seria se estivesse aqui a dívida das águas de Trás-os-Montes de cinco milhões de euros. Não está em sítio nenhum.
É óbvio que é um orçamento de continuidade porque aproveitam o que foi feito no Executivo anterior, acrescentando algumas coisas, mas diz que vai investir nisto e naquilo, e parece-me até que, na alteração orçamental que fizemos em julho, algumas das verbas, ou até a grande maioria, repetem-se outra vez.Parece-me que a taxa de execução não existe. Vai empurrando tudo com a barriga, de modo a que calhe tudo exatamente quando lhe convém.”
Também do Partido Social Democrata, José Madaleno, ressalva o facto de não haver qualquer referência ao Orçamento Participativo:
“Não vi aqui nenhuma referência, embora já tenho sido aprovado em sede de assembleia municipal, um regulamento para o Orçamento Participativo. Não vejo qualquer verba para esse efeito e espero que este seja o último orçamento em que isso acontece porque é um aspeto muito importante, que leva à participativo dos cidadãos na vida da autarquia. Seria um sinal de modernidade.”
Do lado do Partido Socialista, Acácio Espírito Santo, que também votou contra, deixa críticas à pouca importância dada ao setor agrícola:
“O seu orçamento é tão importante em termos económicos que a rubrica da agricultura, já era. E é tão só o setor mais importante do território.Comparem as rubricas todas e a função económica tem uma dotação de dois milhões de euros.”
O orçamento foi aprovado por maioria, com nove votos contra e sete abstenções.
A reunião ficou ainda marcada pelas intervenções de várias presidentes de juntas de freguesia, que reclamam um maior investimento nas suas aldeias.
Escrito por ONDA LIVRE