PCP debateu a cultura no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros

O Partido Comunista Português faz 100 anos e organizou um debate, em Macedo de Cavaleiros, com o mote “A defesa da Cultura pelo PCP”.

Presente esteve Daniel Vieira, da direção do setor intelectual do Partido Comunista Português, que considera que a cultura está cada vez mais padronizada:

“Vivemos tempos de alguma padronização cultural e o PCP tem uma visão diferente em que a cultura não é algo que deva ser acantonado, mas sim uma parte da nossa democracia.

Hoje verificamos que a cultura se depara com problemas estruturais. Considerando as questões da evolução da pandemia, há problemas que se evidenciaram, como a precariedade dos trabalhadores da cultura, a falta de apoio, de investimento, é um setor que está praticamente paralisado.

Para o PCP, que tem 100 anos de história, a cultura, do ponto de vista da promoção e defesa, sempre assumiu um papel determinante.

O que hoje aqui discutimos foi essencialmente este partido que continua a olhar para a cultura como um pilar fundamental da nossa democracia.”

Discutidos foram os vários elementos culturais do Nordeste Transmontano. E sendo os Caretos de Podence um dos maiores elementos do setor na região, António Morais, membro do partido, considera que o mesmo reconhecimento deveria ser feito a outras entidades semelhantes:

“É um aspeto que tem mais a ver com a condução do processo politico pois a valorização das restantes creio que é unânime e toda a gente está de acordo com isso.

Para além desse aspeto que foi apenas um simples apontamento, creio que a nossa iniciativa é mais platónica naquilo que é necessário fazer sob os aspetos das singularidades daquilo que nos é identitário, e isso é importante como marca mas não em confronto com os restantes aspetos da fruição cultural.” 

O debate contou ainda com um momento musical, abrilhantado por instrumentos das Terras de Miranda.

Escrito por ONDA LIVRE

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