Advogado de um dos arguidos do caso Giovani afirma que as agressões não foram a causa da morte

Começaram hoje a ser julgados os 7 arguidos acusados de homicídio qualificado no caso Giovani, em Bragança. O Ministério Público considera que foram os autores das agressões que, no final de 2019, levaram à morte do jovem cabo-verdiano.

Na primeira sessão do julgamento, que decorre na sala de audiências do Nerba, em Bragança, os sete acusados mostraram intenção de falar. O primeiro foi Bruno Fará que afirmou não ter agredido a vítima, mas admitiu ter batido com um pau num dos companheiros de Giovani. Já o segundo a ser ouvido, esta tarde, Jorge Liberato, afirmou que não agrediu ninguém naquela madrugada.

O advogado de um dos arguidos afirmou que não foram as agressões ao jovem estudante cabo-verdiano o que provocou a morte, mas uma queda numas escadas.

O advogado Ricardo Cavaleiro afirmou que a defesa vai sustentar esta tese:

“A lamentável morte de Luís Giovani não ficou a dever-se a qualquer facto que tenha sido perpetrado pelos arguidos, mas sim a uma queda que ocorreu depois nas escadas.”

Já o advogado dos pais de Luís Giovani Rodrigues, Paulo Abreu, insiste que foram as agressões na madrugada de 21 de Dezembro de 2019 que provocaram a morte do jovem de 21 anos:

“Num primeiro momento tínhamos essa ideia, a acusação do Ministério Público reforçou essa ideia e depois temos o despacho de pronúncia que ainda mais a reforça. Não temos que ter outra que não seja essa. Agora, naturalmente, os passos anteriores são provisórios, definitivamente será o tribunal que vai decidir o processo.” 

 A defesa pediu uma indemnização civil. O pai de Luís Giovani constitui-se assistente no processo e vai ser inquirido como demandante civil, mas a data dessa sessão ainda não está designada.

INFORMAÇÃO e FOTO CIR (Rádio Brigantia)