Artur Nunes diz que o Plano de Recuperação e Resiliência “é uma mão cheia de nada”

A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes considera que este Plano de Recuperação e Resiliência não atende às necessidades e pretensões desta região. Os autarcas dizem mesmo que é um atentado à capacidade de resiliência deste território do interior e que hipoteca o desenvolvimento e futuro dos nove concelhos.

Segundo o presidente da CIM, Artur Nunes, o mapa de investimentos da região ficou vazio:

“É um vazio em termos de propostas para Trás-os-Montes. Aquilo que nos prometeram, em relação a um plano de desenvolvimento para o interior e a Espanha como visão para crescimento da região de fronteira, todas estas nossas propostas, num plano que se pretende que seja para o futuro, que revitalize a economia, não tem nada ou muito pouco.” 

Das propostas de investimento para a região, apenas a ligação a Vinhais e à Puebla de Sanabria estão incluídas. A CIM lamenta que não tenham sido tidos em conta projectos como a estrada de Vimioso ou a conclusão do IC5:

“Vemos uma linha de Vinhais a Bragança que parece de muito pouco investimento e a ligação de Bragança à Puebla em que não sabemos qual o ponto de situação.”

Também na ferrovia não há qualquer investimento previsto para a região do Nordeste Transmontano. Outro projecto em falta é a criação de um aeroporto regional em Bragança. Artur Nunes diz que o plano é uma mão cheia de nada:

“É o retirar de Portugal a Trás-os-Montes. Consideramos que mais uma vez se perdeu uma oportunidade de investimento para o nosso território.”

Os investimentos em falta vão ser integrados numa proposta da CIM de alteração ao plano também apelidado de bazuca, que está em consulta pública até à próxima segunda feira.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)