António Costa anunciou, na passada quinta-feira, a reabertura de bares e discotecas só a partir de outubro. No entanto, após nova reunião ficou decidido que os bares poderiam reabrir já este domingo, a par das discotecas que tenham CAE (Classificação Portuguesa de Atividades Económicas) de bar.
As regras são as mesmas para bares e restaurantes, sendo que as discotecas podem abrir com mesas até seis pessoas no interior e dez no exterior. Ainda assim, é proibido dançar e os estabelecimentos terão de encerrar portas às duas horas da manhã.
Alberto Cabral, vice-presidente da AND – Associação de Discotecas Nacional, e proprietário de cinco espaços de diversão noturna na zona Norte, considera importante esta nova decisão:
“Já é bom para os bares do Porto, Bairro Alto, Vila Real, mas é muito insuficiente. Estão a deixar morrer as discotecas, que já estavam em vias de extinção. As grandes discotecas do país encerraram todas e talvez agora acabem de vez.”
Para entrar em bares e discotecas é necessário certificado digital de vacinação ou teste negativo. Medidas que, Alberto Cabral, considera que podem afugentar os clientes:
“Não vai haver confiança nos primeiros meses. Aquilo que se via antes, de pessoas a entrarem agarradas, sem máscaras, e a beber copos, isso não vai acontecer. De certeza que muita gente vai ficar em casa, especialmente quem não tem confiança nas vacinas. É importante que estes espaços abram para se combaterem as festas ilegais.”
O vice-presidente da ADN pede mais apoios ao Governo para que os empresários do setor se consigam reerguer:
“Mais de 60% dos empresários já não conseguem abrir e se não formos apoiados para a manutenção das casas, não vamos conseguir. O que nós reivindicamos é apoio, já que não contribuímos para um único novo caso de covid, então apoiem-nos.”
Alberto Cabral considera que o lay-off foi um “apoio envenenado”, mas espera que, até outubro, possam receber novas ajudas, caso contrário “será fatal para o setor da noite”.
Escrito por ONDA LIVRE