Entre as propostas, que incidem nos eixos do desenvolvimento económico-social, mobilidade, saúde e segurança, educação, ambiente, cultura e desporto, turismo, juntas de freguesia e trabalhadores do município, Carlos Cunha, que encabeça a alternativa à câmara pelo quarto mandato consecutivo, destaca a pretensão de acabar com a concessão do refeitório escolar a privados:
“Tivemos uma reunião com a associação de pais e as crianças passam fome.
O refeitório está entregue a uma empresa privada e o privado só quer lucros.
Pagamos impostos para os nossos filhos serem bem tratados na escola, e como a parte escolar está toda concentrada na sede de concelho, as crianças vêm das aldeias muito cedo e passam praticamente o dia inteiro aqui.
Se não forem bem tratadas, com qualidade, não têm bons resultados a nível escolar.
Essa é uma pertença ao Estado.”
Outra das bandeiras da candidatura, que tem como lema “Futuro de Confiança”, é a valorização da agricultura no concelho:
“A agricultura sempre foi um setor prioritário do nosso concelho, embora até aqui os autarcas nunca tenham praticamente ligado a isso.
Ao longo dos anos esvaziou-se a Direção-Geral de Agricultura, quando antigamente, após o 25 de Abril, os técnicos e engenheiros davam apoio ao agricultor no terreno.
Isso foi entregue às associações privadas e as câmaras têm de dialogar com eles, estar ao par do que se passa com os agricultores e ser o intermediário no Governo perante as suas dificuldades.
A nossa agricultura é rentável com matéria-prima barata, mas a energia, os adubos e as sementes estão caros. Tem de haver mais apoio para o agricultor conseguir desenvolver a atividade.
Toda a minha vida trabalhei com agricultores e, como tal, sei como as coisas funcionam e conheço as dificuldades que passam.”
Nos últimos quatro anos a coligação PCP-PEV não teve representação na Assembleia Municipal de Macedo, ao contrário do que aconteceu no mandato anterior, em que conseguiram eleger um deputado.
Joana Monteiro, que é a candidata à assembleia pelo partido, diz não ter dúvidas da falta que a representação do partido tem feito para o concelho:
“A CDU faz falta na Assembleia Municipal e isso viu-se neste mandato, com a perda do nosso eleito.
Estamos ao serviço do povo e da população. Queremos estar lá a lutar e a dar o nosso contributo para que Macedo prospere.
Acho que faltou ali uma voz, a voz do povo.
A nossa política é de proximidade, em que o povo é que é a política. Acho que temos de aprender que todos (povo) somos política. Temos de estar lá, dar a nossa opinião e votar, a favor ou contra.”
Nestas eleições a CDU apresenta listas a três juntas de freguesia, com o próprio candidato à câmara, Carlos Cunha, a concorrer por Cortiços.
Avançam ainda com candidatura para a Junta de Freguesia de Macedo e, pela primeira vez, para a União de Freguesias de Ala e Vilarinho do Monte.
Escrito por ONDA LIVRE