Foi com maioria absoluta que Benjamim Rodrigues foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros para o segundo mandato consecutivo, com 48,51% dos votos, elegendo quatro dos sete vereadores.
“Um momento muito emotivo com valor incalculável”, foi assim que o presidente reeleito reagiu, ontem à noite, quando soube o resultado da votação:
“Este momento é muito emotivo e para nós tem um valor incalculável porque nós deparamos-nos com uma campanha muito difícil, sempre com o argumento de que nós não estaríamos unidos, que tínhamos fraturado a governação, mas apesar de estarem a concorrer cinco forças políticas, conseguimos uma vitória ainda mais expressiva do que há quatro anos, o que significa que estamos a fazer um bom trabalho, o povo reconhece-o e estamos aqui para continuar o nosso projeto.”
Em segundo ficou a coligação Um Novo Rumo, Um Novo Caminho, do PSD/CDS, com 40,12% dos votos, o que permitiu a eleição de três vereadores.
Nuno Morais, cabeça de lista, afirma que o partido laranja será uma oposição “séria e credível”:
“Foi a vontade do povo que quis que o executivo que está na câmara continuasse mais quatro anos, e temos de respeitar essa vontade.
Em relação à junta foi uma vitória retumbante, estão plantadas as sementes para que este projeto amadureça nos próximos quatro anos, e que nessa altura se crie outra alternativa credível como esta foi, de modo a que o povo deste concelho possa dar a sua confiança. Desta vez não quis, temos de respeitar e aceitar.
Iremos ser uma oposição séria e credível, tal como fomos enquanto alternativa ao poder.”
Ainda para a autarquia, o Movimento Independente Unidos Por Macedo foi a terceira força política, conseguindo 5,70% da votação.
Rui Vaz, que se candidatou de forma independente pela primeira vez, lamenta que o povo macedense não tenha acreditado na sua mensagem e diz-se desiludido:
“A reação é de quem acabou por ter um mau resultado nestas eleições.
Sou um individuo que ando aqui a lutar pelo concelho e pela sua gente, neste momento aquilo que me apraz dizer é aquilo que disse durante a campanha toda, de que segunda-feira sairia à rua de cabeça levantada, erguida, com grande sentimento de dever cumprido como macedense. O povo do meu concelho não acreditou no nosso projeto, na nossa mensagem, e o que sai como grande resultado é o peso das máquinas partidárias, que efetivamente trabalharam muito e o resultado é o que vemos.
Não há dúvida de que estou muito desiludido, tenho que o dizer, porque não contava com um resultado desta natureza, principalmente na cidade.”
Quanto ao Partido Chega, representado nestas eleições por Rui Pacheco, conseguiu arrecadar 1,20%. Resultados que ficaram muito aquém do esperado:
“Tenho que assumir isto como uma derrota pessoal, acima de tudo, ficou muito à quem das minhas expectativas.
O povo é soberano e em democracia temos de respeitar as votações.
Acho que aqui em Macedo tem-se verificado ao longo dos anos que quem está no primeiro mandato leva sempre a confiança para permanecer.
A ilação que tiro destes resultados é que o povo macedense quer a continuidade.”
Em último no rol de resultados à Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros ficou a CDU com 1,04%.
Carlos Cunha, que abraçou esta candidatura pela quarta vez consecutiva, lamenta este desfecho:
“É lamentável porque baixamos a nossa votação. A nossa palavra não foi bem recebida e respeitamos a vontade das pessoas que votaram.
Temos também o problema da abstenção.”
Para a Assembleia Municipal, o PS também foi a força política mais votada com 44,1%, ao qual se seguiu a coligação PSD/CDS com 41,49%. O terceiro mais votado foi o Unidos por Macedo, com 6,31%, o que lhe permitiu eleger 2 deputados. Seguiram-se a estes a CDU, o Chega e, por fim, o Bloco de Esquerda, que não tiveram votação suficiente para eleger representação na assembleia.
Nas freguesias, reviravolta em relação há quatro anos, com o PS a eleger mais presidentes de junta do que o PSD/CDS, num total de 16, contra as 13 do mandato anterior. O PSD/CDS, que há quatro anos tinha elegido 17 freguesias, conseguiu nesta eleição a melhor votação em 13.
De realçar que também houve vitória de uma candidatura independente, na freguesia de Lamas.
Escrito por ONDA LIVRE