A intenção foi anunciada numa conferência que aconteceu em Miranda no âmbito das Jornadas Europeias do Património. O objectivo é ligar os dois lados da fronteira, atraindo turistas, explica Mónica Salgado, uma das responsáveis:
“A ideia é aliar o turismo à arqueologia, integrando as pessoas e levando-as a conhecer os seus antepassados. Vamos realizar investigação nesses sítios, torná-los visitáveis e depois chamar pessoas, fazer campos de trabalho, voluntariado, fazer recreações históricas e arqueologia experimental.”
Para já o projecto ainda está numa fase muito inicial. Estão a ser identificados os castros que há nos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro, depois será feita investigação e, por fim, serão pontos de visita:
“Queremos criar parcerias com as câmaras, com os museus, com universidades, com o IPB.”
Nas jornadas foi ainda apresentado o projecto já executado de Nelson Campos, que consistiu na criação de um museu no castelo de Torre de Moncorvo. Ligado à arqueologia desde cedo, defende que é necessário também criar uma rota transfronteiriça de castelos:
“Seria uma porta de entrada Freixo de Espada à Cinta, estendendo a rota espanhola, fazendo o percurso dos castelos templários de Mogadouro, Pena Róias, e depois Algoso. Vimioso, infelizmente, foi um castelo que no século XIX praticamente foi rebentado, mas já se fizeram escavações e apareceram os alicerces e está visitável, depois Miranda do Douro e quem quisesse depois ia para Bragança.”
Integrada no programa das Jornadas Europeias do Património, Miranda do Douro realizou uma conferência, com o tema “Adjecções ao Património de Miranda do Douro”, onde foram feitas apresentações sobre a região no âmbito histórico, arqueológico e antropológicas.
INFORMAÇÃO e FOTO CIR (Rádio Brigantia)