Amantes da pesca e do radiomodelismo juntaram-se este sábado no convívio de São Martinho organizado pelo Clube de Caça e Pesca de Macedo de Cavaleiros.
Depois da paragem em 2020 devido à pandemia, este ano a iniciativa, já habitual nesta altura do ano, juntou o maior número de participantes de sempre para a pesca, deixa saber o presidente do clube, António Oliveira:
“Na pesca temos 45 inscritos, o que faz deste o ano em que temos mais pescadores.
Há gente de vários pontos do país, e inclusive duas crianças, uma de oito e outra de seis anos.
O tempo também está bom.
Este convívio de pesca à achigã e ao lúcio já é feito há muito tempo.
Depois temos a comemoração do São Martinho com sardinhas assadas, a febra e a castanha, para convivermos.”
Entre os pescadores encontramos Armando Cunha, que veio de Paredes, no Porto, ao Azibo, de propósito para pescar mas, principalmente, para conviver:
“Comecei a vir e nunca mais deixei.
A pesca permitida neste tempo, à achigã e lúcio, com as águas frias, a 7ºc, já não comem.
O que importa é o convívio.”
Outra das vertentes deste encontro é a prática de radiomodelismo na pista da sede do clube em Nogueirinha.
A participar estiveram cerca de seis amantes da modalidade, oriundos de diferentes partes do distrito, que só naquela pista encontram condições para dar uso aos pequenos motores. Foi o caso de António Setas e Pedro Pires:
“Já pratico radiomodelismo há prai 40 anos e estamos hoje aqui a desfrutar do convívio, que é saudável e uma forma de estarmos uns com os outros.”
“Normalmente apareço aqui neste tipo de eventos.
Já pratico há uns oito anos e só aqui nesta pista podemos correr, de resto temos de sair para fora do distrito, infelizmente.
Só é pena não haver mais participantes nesta modalidade.
Também aproveitamos estes eventos para fazer alguma manutenção às viaturas.”
Há dois anos que não eram organizadas atividades de radiomodelismo no clube, o que já fazia falta, refere o responsável pela secção de radiomodelismo do clube, Edgar Fragoso:
“Foram dois anos sem pôr estes motores a trabalhar e finalmente já pudemos fazer esta primeira brincadeira, depois do confinamento.
Serve para nos divertirmos, treinar um pouco e não deixar que os motores se estraguem por estarem parados, o que não lhes faz bem.
Já passaram por aqui seis participantes. Infelizmente houve alguns que não puderam vir, também ainda há muita atividade agrícola nesta altura e muitos deles também têm essa ocupação.
Retomamos devagar mas penso que no próximo evento vamos juntar mais pessoas.”
Quanto à vontade antiga de poder vir a receber provas oficiais, Edgar Fragoso admite ser difícil:
“É difícil porque a área é limitada, precisávamos de mais obras e infraestruturas para competições. Também é necessário investir numa zona de box para, pelo menos, 50/60 pilotos e o palanque também já é pequeno. Ao longo destes anos foram alterando regras e, neste momento, já se fazem provas com 14 carros ao mesmo tempo, o que há 20 anos atrás acontecia com 10, no máximo.
Tem vindo a alargar, o espaço já é pequeno e as condições que a federação exige são cada vez mais exigentes.”
Recentemente o Clube de Caça e Pesca de Macedo de Cavaleiros sofreu algumas obras de melhoramento, para as quais foram investidos cerca de 50 mil euros, financiados em parte pelo clube, outra parte pela câmara, contando ainda com algumas ajudas de parceiros comerciais.
Intervenções que faziam falta, confessa o presidente do clube, António Oliveira:
“Já chovia lá dentro e já há um ano tinha caído um pedaço de telhado.
Agora pusemos telhado novo no prédio todo e na parte do tiro tiramos o amianto.
Fizemos acrescentos cobertos e pintamos o chão com produto próprio.
O investimento foi da câmara, dos parceiros e do clube. “
A próxima atividade do Clube de Caça e Pesca de Macedo de Cavaleiros está marcada para 15 de janeiro com uma montaria na aldeia de Olmos.
O clube vai ter eleições para a direção no final do mês de janeiro.
Escrito por ONDA LIVRE
