A vespa velutina, também conhecida como vespa asiática, preocupa cada vez mais os apicultores.
Os incêndios florestais são os principais inimigos, mas a vespa está a ganhar posições na lista das ameaças à atividade.
Desde o ano passado que a vespa tira o sono aos apicultores Laura Garcia e Vítor Vilela:
“A vespa velutina é um animal que devora abelhas. São muito agressivas, funcionam em manada e acabam por diminuir a quantidade de abelhas por colmeia, conseguem até comer um enxame inteiro.”
A única forma de protegerem os apiários é criar armadilhas para colocar na época de saída das rainhas, que são as mais vulneráveis:
“Uma rainha, no início, faz todo o trabalho. Constrói o ninho, põe os ovos, e alimenta as larvas. Se conseguirmos que uma rainha entre dentro da armadilha, o ninho simplesmente desaparece. É assim que conseguimos que não se disperse.”
Laura Garcia e Vítor Vilela, os Apibéricos, pedem ajuda para que outras pessoas coloquem armadilhas nos seus terrenos. Quantas mais houver, menos ninhos de vespa asiática.
Construí-las é fácil, barato e resulta:
“É uma garrafa de água, que fechamos com uma rolha e fazemos uns buracos na parte do gargalo. Depois, dentro, colocamos água com açúcar e fermento de padeiro. É um chamariz para a vespa, que quando entra já não consegue sair.”
Enquanto espera por mais ajudas para combater a vespa asiática, o casal de apicultores Laura e Vítor, continua a remar para manter a atividade iniciada há 15 anos em Delgada, concelho Sabrosa, onde vivem menos de duas dezenas de pessoas.
Atualmente tem mil colmeias, distribuídas por 30 pontos de Trás-os-Montes e Alto Douro, e uma produção de 10 toneladas de mel por ano.
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Os apicultores reclamam mais apoio das entidades públicas, pois a vespa asiática é uma ameaça para toda a sociedade e não apenas para as abelhas.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)