Por ano, cerca de dez mil pessoas são afetadas por doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte em Portugal.
Hoje, celebra-se o Dia Nacional do Doente Coronário e é importante sensibilizar para os fatores de risco que levam ao desencadear da doença.
Margarida Pires, enfermeira e presidente da Associação de Diabéticos do Distrito de Bragança, deixa ficar o alerta:
“É preciso ter a noção dos fatores que levam a estas doenças. Temos de nos centrar no colesterol, sedentarismo, tensão alta, diabetes e a questão do abuso de bebidas alcoólicas. Por vezes, as pessoas não dão valor a alguns sinais e quando comparamos o enfarte à angina de peito, a angina tem um risco menor. É como um pré-aviso, uma dor próxima do coração, intermitente, e que agrava com o frio. Sem dúvida que se não se trata, pode agravar.”
O sexo masculino continua a ser o mais afetado, embora este tipo de doença seja também frequente em mulheres após a menopausa. Mais de metade da população portuguesa é obesa e a prevalência da diabetes ronda os 13% em pessoas dos 20 aos 79 anos de idade, sem esquecer que mais de um quarto da população é fumadora. Prevenir continua a ser o melhor remédio e é importante ficar atento a alguns sinais:
“Sentimos uma dor e aperto no peito, suores e vómitos. Isto são sinais a ter em atenção para podermos acionar o 112 e termos, atempadamente, uma resposta. Só assim se pode prevenir uma morte evidente.”
Em 2019, o INEM registou 676 doentes com Enfarte Agudo do Miocárdio, sendo que os distritos com maior número de doentes encaminhados pelo INEM através da Via Verde Coronária foram Porto e Lisboa.
Escrito por ONDA LIVRE