Perante o conflito que se vive no leste da Europa, Portugal tem de ter forças armadas capazes de contribuir para a paz europeia.
Palavras do General Joaquim Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes, à margem da cerimónia de comemoração do 11º aniversário do Núcleo de Macedo de Cavaleiros:
“Umas forças armadas capazes de nos defender destas últimos ameaças e de outras, contribuindo para a paz europeia. Têm de ter retaguarda capaz de manter a frente
Não podemos só estar preparados para ir daqui à Roménia, regressar, e depois não ter capacidades de recompletar e depois a ameaça piorar.
Temos de ser credíveis à NATO a que pertencemos.“
A Liga continua à espera de uma resposta do Governo no que toca ao aumento do valor das pensões para os antigos combatentes, já reivindicado o ano passado.
Mas além disso, há outras implementações que gostavam de ver concretizadas:
“Aquilo que está no estatuto tem tido alguma dificuldade em chegar ao terreno.
Ainda há alguns combatentes que não receberam o cartão.
Foi decidido colocar uma bandeira em cima do caixão daqueles que vão morrendo, sendo depois entregue à família. Há um acordo entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios para que as câmaras as adquiram, mas isso ainda não chegou ao terreno. Também há algumas dúvidas no que respeita aos transportes públicos, embora a lei diga que têm direito, há algumas terminações que os reduzem.”
O Núcleo da Liga dos Combatentes de Macedo de Cavaleiros celebrou este domingo 11 anos.
O presidente da estrutura, António Batista, congratula-se com as conquistas até agora alcançadas, como é exemplo a criação da Praça dos Combatentes, que homenageia os 45 homens do concelho que perderam a vida na 1ª Guerra Mundial e do Ultramar.
Mas admite que a parte financeira é o principal problema deste núcleo, que vive de quotas, pagas por uma pequena parte dos associados:
“Ainda temos vitalidade para nos mexermos, o nosso problema é mais financeiro.
Tínhamos sede no Mercado que agora está em obras, e se eu não tivesse um escritório disponível para irmos para lá, estaríamos na rua pois ninguém nos arranjou outra. É um lugar meu, privado, pois não temos dinheiro para pagar rendas.
Eu precisava de ir às aldeias todas, falar, angariar, esclarecer e ver se algum combatente precisa de apoio, mas isso custa dinheiro. Temos mais de 200 sócios e apenas 40 pagam quotas. Metade já morreram e outros estão debilitados e já nem saem de casa.
Não nos governamos com 600/700 euros por ano, basta uma viagem a Lisboa para o gastarmos logo todo.”
Em representação da autarquia esteve o vereador Paulo Rogão, que destacou a importância de lembrar quem no passado lutou pela pátria:
“É importante lembrar quem deu parte da sua vida na luta pela nossa pátria e nós, feliz ou infelizmente, tivemos macedenses que participaram nesses atos.
É por isso um dever de todos nós que aqui estamos recordar essas pessoas que deram parte da sua vida, das suas forças e juventude pela luta da nossa pátria.”
Na cerimónia, que aconteceu Praça dos Combatentes, estiveram presentes várias entidades locais, representantes de núcleos e antigos combatentes convidados.
Escrito por ONDA LIVRE