Presidente da CIM-TTM quer 500 milhões de euros para plano direcionado para a agricultura, florestas e indústria

Um plano de ação a somar à verba que a CIM Terras de Trás-os-Montes já recebe, mas que não é contratualizada para estes sectores. A intenção foi avançada ontem, em Macedo de Cavaleiros, numa ação do PS com empresas para discutir o próximo Quadro Comunitário de Apoio. Para Jorge Fidalgo é necessário um plano concreto para criar postos de trabalho na região:

“Um plano para criar valor e postos de trabalho, para fixarmos pessoas no território e trazer gente. Isto implica o envolvimento do IPB, que já o faz, das associações de agricultores, mas um processo que deve ser dirigido pela CIM, porque tem que haver uma representatividade política para poder negociar diretamente com o Governo esses 500 milhões de euros, que são apenas 1,3%, não é nada, é uma gotinha, do PRR e do PT2030”,.

O presidente da CIM considera que os últimos quadros comunitários têm sido insuficientes para inverter a falta de competitividade e de desenvolvimento económico. Jorge Fidalgo entende que é preciso um plano específico para resolver problemas específicos, o que não tem acontecido nos últimos apoios:

“Estamos disponíveis para liderar isso, esteja o Governo disponível para disponibilizar essa verba para nós iniciarmos o projeto. Vamos ver que no final da execução, e não são precisos muitos anos, os resultados desse projeto e de todos estes quadros comunitários de apoios em termos de competitividade e desenvolvimento económico. Nós vemos hoje, muitas vezes, as empresas com dificuldades em concorrerem aos avisos, porque muitas vezes não estão direcionados para o que precisam. Se derem poder às CIM, para podermos colaborar na elaboração desses avisos, porque conhecemos o território, certamente que sairão melhor.”

A ministra da Coesão Territorial, presente na sessão, disse compreender o pedido do autarca. Ana Abrunhosa reconhece que para criar este plano estratégico é preciso haver conciliação entre as entidades que gerem os fundos.

“Isso obriga a que haja nas regiões uma conciliação, porque as CCDRs gerem o FEDER, mas as direções regionais de agricultura gerem os fundos para agricultura, e isso exige que haja uma concertação maior dentro das próprias regiões e dentro dos ministérios”

O deputado do Partido Socialista eleito por Bragança, Sobrinho Teixeira, salientou que o interior tem que ser visto pela sua proximidade ao centro da Europa. Para isso, entende que é preciso orientar os fundos para as necessidades da região:

“Nós para o país não somos um problema, somos uma solução. O nordeste transmontano está a contribuir para o desenvolvimento de Portugal, porque tem a capacidade de ser atrativo e está estrategicamente colocado. A conclusão a que chego é que temos que incrementar no próximo quadro aquilo que são os concursos dirigidos e indicados às regiões de baixa densidade, ou seja, à nossa região”

Ontem, em Macedo de Cavaleiros, empresas do distrito puderam queixar-se sobre os problemas que atravessam. Um dos anseios apontados foi que o PRR não poderá não estar adequado para as pequenas empresas.

Esta sessão faz parte da agenda do PS para o território. A próxima será em Setembro e direccionada às Instituições Particulares de Solidariedade Social.

500 milhões de euros para a agricultura, floresta e indústria é quanto o presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes quer para o território

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)