A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes vai avançar com um estudo sobre o potencial hidroagrícola do território.
A abertura do concurso do estudo de cerca de 153 mil euros foi já aprovada pelo Conselho Intermunicipal.
A ideia é identificar quais são as disponibilidades hídricas nos nove concelhos que integram a CIM Terras de Trás-os-Montes, para criar regadio agrícola, e além disso identificar as culturas e áreas que podem beneficiar destes sistemas, explica o presidente desta CIM, Jorge Fidalgo:
“Quais são os locais onde podemos ter armazenamento de água para regadio, o tipo de culturas, a área a regar e as características que pode ter. É esse estudo que queremos ter connosco para depois, entre CIM, discutirmos quais os investimentos que são mais imediatos ou não, ver valores e, obviamente, trabalharmos muito na obtenção de financiamento para esses financiamentos, que consideramos que até a nível da agricultura e agroindústria são fundamentais.”
Para o também autarca de Vimioso trata-se de um passo importante para a implementação de uma estratégia integrada nesta área, que possa garantir a competitividade do setor agrícola da região:
“Por um lado estudarmos o potencial que temos, associando à produtividade com competitividade, para que possamos ter muitos e bons produtos, competitivos no mercado.”
Os nove autarcas da CIM das Terras de Trás-os-Montes consideram que o investimento no regadio é determinante para o futuro da agricultura, para o desenvolvimento da economia e para o aumento da coesão territorial:
“O estudo, certamente, em cada um dos concelhos, vai indicar-nos quais são os locais de maior potencial hidroagrícola, para termos maior produtividade agrícola. Podemos ter um sítio onde temos muita água mas que não vai regar nada. Investimento na retenção de água, de açudes, de pequenas barragens para poder utilizar na prática agrícola, que queremos mais competitiva e mais rentável”.
Num território em que sete dos nove concelhos estão incluídos em áreas classificadas como suscetíveis de desertificação e com carência de regadio elevada ou muito elevada, a elaboração deste estudo é considerada fundamental para potenciar o desenvolvimento sustentável da agricultura, contrariando a desertificação a que o território está exposto.
O estudo deverá estar concluído até ao final de junho de 2023, é financiado pelo Programa Operacional do Norte 2020 e abrange os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)