Dois militares do Comando Territorial da GNR de Bragança, incluindo uma guarda afeta ao Programa Apoio 65-Idosos em Segurança, estão a ser investigados por alegada burla.
A vítima é uma idosa, que terá emitido um cheque de 155 mil euros em nome da sogra da militar.
A quantia que foi levantada no banco.
A vítima é uma professora primária aposentada, de 81 anos. Segundo o Jornal de Notícias também terá passado a titularidade de uma conta bancária, com um depósito a prazo no valor de centenas de milhares de euros, para a militar investigada, que já foi galardoada com uma medalha de mérito.
O Comando Geral da GNR confirmou ao JN que está a investigar o caso internamente e também já o encaminhou para o Ministério Público.
Garante que “está disponível para colaborar em todas as diligências processuais que daí advenham”.
A situação envolve Maria Rocha, viúva e residente numa aldeia do concelho de Bragança que estava abrangida há cerca de quatro anos pelo Programa Apoio 65-Idosos em Segurança, da GNR, primeiro em Macedo de Cavaleiros e depois em Bragança.
Uma denúncia alertou a GNR, que já instaurou dois processos disciplinares contra os referidos militares, com cerca de 45 anos.
A GNR explicou que “a um deles foi-lhe aplicada a medida provisória de transferência preventiva para outras funções”.
A denúncia foi feita por escrito por um irmão da professora aposentada a quem esta se queixou de que teria sido enganada, depois de ter passado um cheque de 155 mil euros em nome da sogra da militar.
Ao JN contou que o fez “num momento de fragilidade”. A guarda ganhou a confiança de Maria Rocha durante as visitas que efetuou em missão oficial de acompanhamento a idosos. De tal forma que também passara a ajudá-la fora do horário de trabalho.
Nos últimos tempos tinha-se criado entre elas uma grande empatia por ambas terem padecido de uma doença oncológica.
O irmão da idosa ainda procurou, sem sucesso, reaver os 155 mil euros e telefonou ao marido da guarda, também ele militar da GNR a prestar serviço em Bragança, ameaçando que iria expor a situação à Inspeção Geral da Administração Interna, o que acabou por fazer.
A GNR já instaurou dois processos disciplinares contra os militares envolvidos neste caso de burla.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)