O Orçamento do Estado para 2023 tem como principal prioridade criar condições para garantir uma maior coesão territorial. Foi assim que Marina Gonçalves, a atual secretária de Estado da Habitação, caracterizou, no passado sábado, em Mirandela, as linhas gerais do documento que vai começar a ser discutido na Assembleia da República.
No entanto, nesta iniciativa do Partido Socialista de prestar contas sobre o Orçamento do Estado, em que vários membros do Governo percorrem todos os distritos do país, Marina Gonçalves não especificou o que está previsto para esta região no sentido de garantir que haverá coesão territorial, falando apenas em maior investimento, mas sem concretizar:
“Nas medidas de valorização do investimento, algumas delas têm majorações para o interior, com o intuito de atrair ainda mias investimento para essas zonas.
Essa é uma das preocupações. Não haver discriminação negativa é logo a primeira premissa e foi salvaguardada, mas também contém a vertente do investimento para o interior.”
Para além da coesão territorial, Marina Gonçalves adiantou que este Orçamento do Estado pretende ter respostas conjunturais e estruturais para fazer face ao período de crise global que o mundo atravessa:
“A preocupação é a coesão territorial. Não esquecemos um território em detrimento de outro. Não há uma preocupação aqui que tenha mais prioridade que as outras pois todas elas assentam no mesmo princípio, que é garantir a igualdade de oportunidades para todos.
A grande prioridade que temos no nosso trabalho, e também é por isso que temos o Ministério da Coesão Territorial, é precisamente garantir isto.
É um orçamento que tem uma dupla vertente. Uma mais conjuntural, de resposta e de garantia a todo o território, de resposta à crise que vivemos, para mitigar os efeitos da mesma, mas também que não prescinde das reformas estruturais e que não distingue os cidadãos, respondendo a todos eles de forma coesa e integrada.”
Nesta explicação aos socialistas do distrito de Bragança sobre o Orçamento do Estado, a secretária de Estado da Habitação admite que anotou muitas preocupações manifestadas pelos presentes nesta iniciativa, considerando que pode ser um bom instrumento de trabalho para apresentar aos seus parceiros de Governo:
“É bom sinal.
Estamos a fazer este périplo pelo país para apresentar o Orçamento de Estado ao PS, mas também para perceber como é que ele se acomoda naquilo que são as reivindicações que temos no território.
É um orçamento nacional mas é importante de depois possamos ir olhando para as suas dimensões, para o ir melhorando e valorizando.
Foi isso que fizemos aqui e o caderno de encargos serve-nos também para ir melhorando a cada orçamento e no trabalho contínuo que fazemos ao longo do ano, melhorando esses investimentos.”
O PS anda pelo país a prestar contas aos seus militantes sobre o Orçamento do Estado para 2023. No distrito de Bragança, mais concretamente, em Mirandela, esteve Marina Gonçalves, secretária de estado da Habitação.
Na Foto: Mariana Gonçalves, Secretária de Estado da Habitação (créditos: Governo Português)
INFORMAÇÃO CIR (Terra Quente FM)