Até ao final deste ano, 75% do país terá acesso a internet móvel de 100mb/s

Até ao final deste ano, 75% do país terá acesso a internet móvel de 100mb/s

Esta é uma das exigências que a ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações – impôs às operadoras para melhorar a cobertura da rede móvel em todo o território, que ainda tem várias zonas com falhas, como explica o Presidente do Conselho de Administração da ANACOM, João Cadete de Matos:

“O leilão de frequências que aconteceu o ano passado, e que ficou conhecido como o leilão do 5G, obrigou as empresas a melhorar a cobertura da rede móvel, nomeadamente a 5G.

O que também está previsto é que até ao final de 2023, cada uma das freguesias vai ter que estar coberta com 100mb/s de velocidade, o que é muito mais do que o que temos em algumas delas atualmente, onde pode ser mesmo inexistente ou então só há de determinados operadores.
Agora, todos os operadores têm obrigações de cobertura em todas as freguesias e, até ao fim do ano, 75% da população de cada uma tem que ter esta qualidade de serviço.”

A ANACOM está a realizar um estudo com o objetivo de identificar a cobertura de rede móvel e fibra ótica em todo o território português. Os dados já apurados permitem perceber que também a nível da fibra ótica há várias zonas onde ainda não há acesso. No entanto, este é um problema que se prevê resolvido nos próximos três anos:

“O que está previsto é um concurso público para que as empresas instalem fibra ótica em todo o continente, nos Açores e na Madeira. Todas as casas vão ter fibra ótica.

Está previsto que esse investimento aconteça ao longo de três anos e que logo no primeiro seja completado 50% das habitações que hoje não têm fibra ótica, no segundo ano 80% e no terceiro 100%.
Este investimento vai ser feito com fundos europeus, as empresas que ganharem o concurso vão ter esse benefício. Esta fibra vai ser partilhada por todos os operadores e vamos poder contratar o serviço final a qualquer uma das empresas que estão no mercado.”

O presidente da ANACOM diz que dentro dos próprios concelhos há muitas diferenças:

“Existe uma grande disparidade dentro dos próprios concelhos.

As sedes de concelho têm uma qualidade de serviço da rede móvel e com cobertura de rede fibra que não existe nas zonas mais periféricas, com menos pessoas.
Nessas localidades ou não há fibra ótica ou também não há qualidade do sinal da rede móvel.
Isso acontece em todos os concelhos, inclusive em alguns do litoral.”

Os resultados do estudo acerca da qualidade das comunicações no concelho de Macedo de Cavaleiros foram apresentados ontem, na presença da autarquia e dos presidentes de junta, e permitiram concluir que há zonas onde a cobertura de rede móvel é fraca e a fibra ótica é inexistente.

O presidente da autarquia de Macedo, Benjamim Rodrigues, diz que as situações têm sido reportadas pelos presidentes de junta com alguma frequência:

“Temos aqui zonas periféricas e algumas freguesias próximas da cidade com uma cobertura muito deficiente. Dou como exemplos Lagoa, Morais, Ala, Salselas e uma parte da zona de Espadanedo. Algumas zonas necessitavam, de facto, de uma melhor cobertura.”

O estudo já aferiu a qualidade de cobertura fixa e móvel em cerca de 40 concelhos do país. Destes, a pior qualidade na rede móvel foi detetada nos concelhos de Vinhais e Odemira.

Escrito por ONDA LIVRE

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